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Como os funcionários da ONU em Gaza comemoraram os ataques do Hamas

08.11.23 08:34

A ONG de direitos humanos UN Watch, comandada por Hillel Neuer, divulgou nesta terça, 7, um relatório com publicações de vinte funcionários da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) no Facebook.

Algumas mensagens são recentes e celebram os ataques do grupo terrorista Hamas, que no dia 7 de outubro invadiu Israel, matou 1.400 israelenses e capturou 240 reféns.

No dia 7, o dia do ataque, o professor Hmada Ahmed (na foto, posando com o crachá da UNRWA) escreveu: “Bem-vindos ao Grande Outubro“. Uma semana depois, ele publicou a seguinte mensagem:

Esta terra não pode acomodar duas nacionalidades. Somos nós ou eles. Nós somos aqueles que vão ficar, e eles vão passar“, escreveu.

O médico Abedelmeneim Alshrafy, que trabalha na UNRWA na Faixa de Gaza desde 2014, lamentou a morte de um sobrinho, que teria morrido no dia 7, provavelmente durante o ataque do Hamas a Israel. Nesse dia, ele publicou uma foto do sobrinho morto, com uma faixa do Hamas na cabeça (abaixo).

 

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O martírio do meu sobrinho, Muhammad Raed Al Shrafi… Nós pertencemos a Alá e a ele retornaremos“, escreveu o médico.

Em 2017, Alshrafy já tinha publicado uma colagem de terroristas do Hamas no Domo da Rocha, a mesquita que fica em Jerusalém, no Monte do Templo, e está sob jurisdição da Jordânia. “Em breve, se Alá quiser“, escreveu abaixo da imagem.

 

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Bashir Khamis Ghannan é um pediatra que trabalha na UNRWA, na Faixa de Gaza. No dia 7, ele compartilhou uma mensagem de um instituto acadêmico sobre o massacre.

Ó Alá, tenha piedade dos nossos mártires e os receba no céu, tenha muita paciência com seus familiares e os fortaleça, proteja suas famílias em Gaza e os fortaleça para que eles possam se recuperar rapidamente com a verdade“, escreveu Ghannan.

Iman Hassan se diz diretora de uma escola da UNRWA. Em seu perfil, ela diz que está nessa função desde 2021. Uma das fotos de sua conta mostra Iman dando aula (abaixo).

 

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No dia 7, ela publicou na rede social uma mensagem justificando o ataque:

De um jeito ou de outro, é hora de recuperar nossos direitos e reparar as queixas daqueles que foram injustiçados. Cuidado, cuidado com minha explosão e minha raiva“, escreveu. Ela também compartilhou uma mensagem que apoiava ações dos terroristas do Hamas, que queimaram pessoas em suas casas: “Queimem, queimem, queimem“.

A UN Watch lembra que esta não é a primeira vez que a ONG revela condutas antissemitas dos funcionários da entidade. “A resposta frequente da UNRWA à nossa pesquisa tem sido minimizar o problema e menosprezar nossa ONG de direitos humanos“, escreve a UN Watch no relatório. “A UN Watch deixou repetidamente claro que as postagens no Facebook são apenas um sintoma de muito problema sistêmico maior – o fato de que a UNRWA contrata pessoal que apoia o antissemitismo e o terrorismo em primeiro lugar, incluindo cerca de 20 mil professores. Tendo em conta as conclusões deste relatório de que o pessoal da UNRWA regozijou-se descaradamente com as atrocidades do Hamas em 7 de outubro, a UN Watch insta a UNRWA a reexaminar a sua abordagem.”

Assista ao vídeo da entrevista de Hillel Neuer para o Crusoé Entrevistas:

 

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  1. Impressionou-me mal essa reportagem se relevo a ONG que tem no seu nome a sigla UN, como dizendo que ela é parte da ONU. Impressionou-me ainda de forma naus grave O Antagonista não ter comentando essa questão, que dá ao leitor desavisado que uma entidade da ONU está criticando a "comemoração" descabida de funcionários da UNRWA (esta sim parte da ONU) aos ataques do Hamas. Mais seriedade, O Antagonista.

    1. É assustador, esse seu pensamento, desconectado da realidade. Deveria ser regra, não matar, não abusar, além do que se fala aqui em "religiosos", dos dois lados. O certo mesmo é que a gente poderia apenas calar diante de tanta bestialidade.

    2. Ser pró palestina não significa ser pró terrorismo. O terrorismo tem que ser combatido, é um ato de covardia e brutalidade.

    3. Independente de ser "pró-palestina", a pessoa que comemora ou justifica o sequestro e assassinato de crianças e idosos israelenses, seria o que?

    4. Ser pró Palestina não significa ser ou apoiar terroristas.

  2. Espero que IDF limpe esses animais da face da terra, no entanto, a solução está na realocação forçada dos Palestinos para a Cisjordânia, e la finalmente a formação de um estado Palestino.

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