Câmara mantém veto de Bolsonaro e concessão de reajustes continua proibida
Em uma vitória para o governo federal, a Câmara manteve nesta quinta-feira, 20, o veto do presidente Jair Bolsonaro à possibilidade de concessão de reajustes a servidores públicos até o fim de 2021. Dessa forma, União, estados e municípios permanecem proibidos de aumentar os salários do funcionalismo neste período. O placar registrou 316 votos favoráveis...
Em uma vitória para o governo federal, a Câmara manteve nesta quinta-feira, 20, o veto do presidente Jair Bolsonaro à possibilidade de concessão de reajustes a servidores públicos até o fim de 2021. Dessa forma, União, estados e municípios permanecem proibidos de aumentar os salários do funcionalismo neste período. O placar registrou 316 votos favoráveis à vedação e 165 contrários, além de duas abstenções.
O Senado rejeitou o veto na quarta-feira, 19, mas a palavra final coube aos deputados. A oposição agiu para repetir o resultado na Câmara. "Dizem que servidor ganha muito. Mas 50% de todo o funcionalismo federal, estadual e municipal ganha menos de três salários mínimos", observou André Figueiredo, do PDT.
Para evitar uma nova derrota no parlamento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, lideranças do governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, movimentaram-se nos bastidores, entre reuniões e ligações. De acordo com a equipe econômica, caso houvesse aval a reajustes, uma economia de 120 bilhões de reais a 130 bilhões de reais poderia ser comprometida.
Durante a sessão, da tribuna, Maia declarou que, se não houver controle dos gastos, toda a população pagará a conta e acrescentou que a votação era uma “questão de princípios”. “Não é possível que, com mais de 16 milhões de contratos de trabalho suspensos e quase 2 milhões de desempregados [na pandemia], a gente não possa dar um sinal aos milhões de brasileiros de que o serviço público, no mínimo, não terá nenhum tipo de aumento até o próximo ano”, pontuou.
Líder do Centrão, Arthur Maia, do Progressistas, afirmou que a manutenção do veto não se trata de uma ação contra o funcionário público e, sim, de uma medida necessária em meio a crise. "Estamos votando pela estabilidade do Brasil, pela manutenção do teto de gastos, pela responsabilidade fiscal, pelo auxílio emergencial, pelo socorro aos transportadores urbanos, por tantas matérias que seriam impactadas", argumentou.
O congelamento total das remunerações do funcionalismo até dezembro do ano que vem constava do pacote de socorro a estados e municípios. Era uma contrapartida à transferência direta de 60,15 bilhões aos entes federados em quatro parcelas e à suspensão de dívidas.
Ao avalizar o pacote, contudo, o Congresso abriu uma exceção e autorizou que governos locais aumentassem salários de funcionários da saúde e da segurança pública que trabalham na "linha de frente" do enfrentamento à Covid-19. O governo vetou as exceções em nome da preservação dos cofres públicos.
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Comentários (6)
Luiz
2020-08-21 10:52:08meus comentários estão censurados
Alberto
2020-08-21 08:55:49Alberto (Belém-Pa). Prevaleceu o bom senso na Câmara e manteve-se o veto presidencial. Agora a pergunta que não quer calar. Cadê Davi Alcolumbre ? Onde estava Davi Alcolumbre, presidente do Senado, que simplesmente sumiu na sessão do Senado que derrubou o veto ? Davi Alcolumbre, que só pensa em encontrar um jeito de ser reeleito para a presidência do Senado, saiu menor de toda essa polêmica do veto.
MADEIROSVISKI
2020-08-20 21:52:45O Guedes tem um trauma contra servidor público. Mas não vai atrás de taxas as grandes fortunas. Escolheu o servidor público que passa anos e anos estudando, para entrar nesse segmento. Não dou 10 anos para a máquina administrativa estar loteada de bandidos.
Manuel
2020-08-20 21:48:03Por enquanto uma Vitória para o Brasil mas fiquemos atentos.
José
2020-08-20 20:36:48Enfim, uma boa notícia
Odete6
2020-08-20 20:04:11Aaaaaaaaaaaaarrrrreeeee!!!!! Arre!!!!!