Banco BMG usou empresas de operadores para gerar propina ao MDB, diz PF
Ao pedir à Justiça os mandados de busca e apreensão da Operação Macchiato, a Polícia Federal afirmou ter confirmado, nas investigações, que empresas ligadas à família do advogado Luiz Claro foram usadas para fornecer dinheiro e viabilizar propina de dirigentes do Grupo BMG a políticos do então PMDB. A Macchiato foi colocada nas ruas na...
Ao pedir à Justiça os mandados de busca e apreensão da Operação Macchiato, a Polícia Federal afirmou ter confirmado, nas investigações, que empresas ligadas à família do advogado Luiz Claro foram usadas para fornecer dinheiro e viabilizar propina de dirigentes do Grupo BMG a políticos do então PMDB.
A Macchiato foi colocada nas ruas na manhã de quinta-feira, 29, e mirou, diz a PF, uma organização criminosa que praticava crimes de gestão fraudulenta e desvio de valores do Banco BMG. Os crimes teriam ocorrido entre 2014 e 2016. O esquema se valia de contratos simulados de prestação de serviço que geraram valores em espécie.
Em delação premiada, o advogado Gabriel Claro afirmou que Milton Lyra, conhecido operador do então PMDB, alvo de diversas investigações, procurou um amigo seu, chamado Marco Carbonari, porque “pretendia gerar dinheiro em espécie, oriundo do BMG, para entregar a Romero Jucá e Eduardo Cunha”.
Segundo o delator, após o contato, empresas ligadas a ele foram usadas para receber valores da ME Promotora, de propriedade do BMG. Com base nos contratos simulados, gerou-se dinheiro em espécie por meio do doleiro Helio Aparecido Xavier da Mota. O valor, então, foi entregue pelos escritórios dos Claro a Milton Lyra.
“Foi possível confirmar a hipótese investigativa inicialmente apresentada, segundo a qual o operador financeiro Milton Lyra teria procurado Marco Carbonari para estruturar uma operação que viabilizasse a entrega de propina dos dirigentes do Grupo BMG para políticos do então PMDB”, diz a PF.
Por meio de sua assessoria, Lyra diz ser vítima de “perseguição e constrangimento ilegal” e que o MPF tanta a “todo custo” envolver seu nome “em práticas ilícitas, meramente a partir de narrativas fantasiosas e depoimentos recheados de puras suposições, feitos por delatores em busca de comprarem sua liberdade pelos crimes por eles cometidos.”
Em comunicado enviado ao mercado após a operação, o BMG afirma que "desconhece qualquer indício da prática dos ilícitos investigados, e irá apurar todos os fatos alegados, bem como se colocará à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Maria
2020-10-30 14:39:06Todos são inocentes.... tadinhos....