Ricardo Stuckert/PR

A melhor prévia do discurso de Lula na ONU

18.09.23 08:56

Nesta terça, 19, Lula abrirá a Assembleia-Geral da ONU com um discurso. É praxe que os diplomatas do Itamaraty vazem para a imprensa alguns assuntos que serão tratados. Fala-se em “resgate da agenda dos países em desenvolvimento“, críticas ao “atual sistema de governança“, defesa do multilateralismo, “ação global de combate à fome“, redução das desigualdades mundiais e reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Mas a melhor prévia do que Lula vai falar é o seu primeiro discurso em Nova York, em 2003. O petista não mudou nada nas últimas duas décadas.

Abaixo, alguns trechos da estreia de Lula no púlpito da ONU:

 

Defesa do multilateralismo
Percebo nos meus interlocutores forte preocupação com a defesa e o fortalecimento do multilateralismo. O aperfeiçoamento do sistema multilateral é a contraparte necessária do convívio democrático no interior das Nações.”

Solução coletiva para a paz
Não podemos fugir a nossas responsabilidades coletivas. Pode-se talvez vencer uma guerra isoladamente. Mas não se pode construir a paz duradoura sem o concurso de todos.”

Reforma do Conselho de Segurança
A reforma da ONU tornou-se um imperativo, diante do risco de retrocesso no ordenamento político internacional. É preciso que o Conselho de Segurança esteja plenamente equipado para enfrentar crises e lidar com as ameaças à paz. Isso exige que seja dotado de instrumentos eficazes de ação.”

Importância dos países em desenvolvimento
Não podemos ignorar as mudanças que se processaram no mundo, sobretudo a emergência de países em desenvolvimento como atores importantes no cenário internacional muitas vezes exercendo papel crucial na busca de soluções pacíficas e equilibradas para os conflitos.”

Redução das desigualdades mundiais
“É fundamental, igualmente, devolver ao Conselho Econômico e Social o papel que lhe foi atribuído pelos fundadores da Organização. Queremos um ECOSOC capaz de participar ativamente da construção de uma ordem econômica mundial mais justa.”

Atenção ao Sul Global
“Além de aprofundar as relações já muito relevantes com nossos tradicionais parceiros da América do Norte e da Europa, buscamos ampliar e diversificar nossa presença internacional. Nas parcerias com a China e com a Rússia, estamos descobrindo novas complementariedades. Somos, com muito orgulho, o país com a segunda maior população negra do mundo. Em novembro, deverei visitar cinco países da África Austral, para dinamizar nossa cooperação econômica, política, social e cultural. Vamos também realizar um encontro de cúpula entre os países sul-americanos e os Estados que compõem a Liga Árabe. Com a Índia e a África do Sul estabelecemos um foro trilateral, orientado para a concertação política e projetos de interesse comum.”

Crítica ao protecionismo dos países ricos 
O protecionismo dos países ricos penaliza injustamente os produtores eficientes das nações em desenvolvimento.”

Desconfiança com acordos de livre comércio
As negociações comerciais não são um fim em si mesmo. Devem servir à promoção do desenvolvimento e à superação da pobreza. O comércio internacional deve ser um instrumento não só de criação, mas de distribuição de riqueza.”

Combate à fome
Erradicar a fome no mundo é um imperativo moral e político. E todos sabemos que é factível. Se houver de fato vontade política de realizá-lo. (…) O verdadeiro caminho da paz é o combate sem tréguas à fome e à miséria, numa formidável campanha de solidariedade capaz de unir o planeta ao invés de aprofundar as divisões e o ódio que conflagram os povos e semeiam o terror.”

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  1. Um monte de bla, bla, bla. Já estou envergonhado e p… por antecipação, porque e 100% certo que será uma merda de discurso, desse palanqueiro que só diz asneiras.

  2. Sul global? Desde quando a China, Rússia, Oriente ""Médio"" e Índia estão no sul???? A CACHAÇA ESTÁ ACABANDO COM O PSEUDO-CÉREBRO DE LULA. INTERDITEM ENQUANTO AINDA É TEMPO!

  3. E ecologia: "Os países pobres são os que mais sofrem com a crise climática, embora sejam os que mais protegem o meio ambiente. Já as nações ricas têm uma dívida ambiental histórica".

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