A economia que Macri pegou e a que ele entrega para Fernández
Nesta terça-feira, 10, Alberto Fernández toma posse como presidente da Argentina. Sua primeira missão será renegociar o pagamento da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com credores privados. "O próximo ministro da Economia, Martin Guzman, não tem experiência em governo. Mas ele já fez estudos densos sobre renegociação de dívidas e desenvolvimento", diz...
Nesta terça-feira, 10, Alberto Fernández toma posse como presidente da Argentina. Sua primeira missão será renegociar o pagamento da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com credores privados.
"O próximo ministro da Economia, Martin Guzman, não tem experiência em governo. Mas ele já fez estudos densos sobre renegociação de dívidas e desenvolvimento", diz o economista Roberto Luis Troster, em São Paulo. "Guzmán não é qualquer um, mas é um ponto de interrogação."
Quando Mauricio Macri assumiu, em dezembro de 2015, as reservas internacionais do país estavam no chão: 500 milhões de dólares. Quinze anos após a moratória da dívida argentina, de 2001, o presidente Mauricio Macri (na foto, com Fernández) conseguiu negociar a dívida que vinha se arrastando com disputas judiciais. O país voltou ao mercado financeiro e obteve um empréstimo de mais de 50 bilhões de dólares com o FMI.
As reservas internacionais da Argentina agora estão em 10 bilhões de dólares. O déficit nas contas públicas, que era de 4,4% do PIB, caiu para 0,6% do PIB (o déficit nas contas brasileiras é de 2%).
Para conseguir honrar as dívidas, o próximo governo terá de reduzir mais os gastos públicos ou impulsionar o crescimento econômico, aumentando a receita. A alta recente no preço das commodities agrícolas deve ajudar. "É uma situação que pode ser administrada, mas não há como saber se Fernández conseguirá fazer isso ou não", diz Troster. "Caso Macri tivesse ficado mais um ano no poder, a realidade seria outra. Ele provavelmente já estaria colhendo alguns benefícios do seu ajuste."
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Comentários (10)
Carlos
2019-12-10 14:33:07Estava indo bem, mas agora chegaram os amigos de condenados em 2a instância, chegaram os investigados que só estão soltos por causa do foro privilegiado. Triste!
Massaaki
2019-12-10 13:53:38Isso que dá ser populista ou tímido, retardando reformas e ajustes. Tinha de ter acelerado e não retardado. Fazendo isso conjuntamente com políticas de mitigação, de inclusão social, etc. Mas agora é tarde. Kirchner voltou, infelizmente. JB corre risco semelhante se ficar com o rei na barriga e achar que já está reeleito. Erro grosseiro.
Regis
2019-12-10 11:52:56Certamente vão fazer alguma lambança, depois culpar o governo Macri e mamar o que puderem deixando a Argentina pior do que antes.
Juan
2019-12-10 11:19:15A história se repete. Os liberais arrumam a economia para os socialistas se beneficiarem e arrebentarem tudo de novo. Fora a sorte que esse povo tem. Veja o Molusco, que pegou um incrível sincronismo de início do ciclo de alta na economia mundial com a nacional... me ajuda aí, pô!
Carlos
2019-12-10 10:31:50Pobre Argentina!
Bel.
2019-12-10 08:37:21Vi que o Macri foi um bom Presente pra Argentina.
Stiglitz
2019-12-10 07:39:02Uma coisa é disciplina fiscal producente. Outra, é o populismo que grassa para iludir o distinto público e arruinar a nação no médio prazo. O Brasil está fazendo o dever de casa. A Argentina não chora por mim... O "bolo" cresce com investimento público e privado acima de 20% do PIB. O aumento de produtividade favorece a competitividade e as exportações, gerando empregos e renda. Não há mágica nem milagres. Há trabalho honesto e tecnologia para tal. Tudo o mais é proselitismo marxista ...
Brendo
2019-12-10 06:10:29Parece q vai dobrar o número de ministérios , se isso se confirmar , a Argentina está caminhando praia abismo , a esquerda não tem o menor zelo com o dinheiro do contribuinte .
SILVIO
2019-12-10 05:30:07Lamentavelmente os argentinos ñ souberam avaliar o Governo Macri.
Cretino
2019-12-09 23:42:10Ou seja, os argentinos, mais uma vez, votaram com o fígado, dando lugar a uma chapa esquerdo-peronista de perfil gastador. Se Macri tivesse sido reeleito, em mais dois anos a Argentina estaria equilibrada. Agora, que eles aguentem a decisão estúpida. Ainda irão sentir falta do Macri.