Mercenários cubanos na Ucrânia matam seu chefe russo em Donestk
Um grupo de soldados cubanos, atuando como mercenários a serviço da Rússia nas áreas ocupadas pelo país na Ucrânia, traíram seus chefes — e mataram um comandante da tropa na cidade de Pokrovsk, a noroeste de Donetsk. O caso teria acontecido no final de semana passado, e foi revelado pelo veículo de imprensa independente ucraniano...
Um grupo de soldados cubanos, atuando como mercenários a serviço da Rússia nas áreas ocupadas pelo país na Ucrânia, traíram seus chefes — e mataram um comandante da tropa na cidade de Pokrovsk, a noroeste de Donetsk. O caso teria acontecido no final de semana passado, e foi revelado pelo veículo de imprensa independente ucraniano RBC Ukraine.
A informação foi revelada pelo coletivo Atesh (Fogo), formado por ucranianos e russos rebeldes que moram nas regiões invadidas pela Rússia desde 2014. De acordo com os relatos, os soldados cubanos a serviço do 428º regimento motorizado de rifles russo cometeram o crime por "sofrerem humilhação regular, espancamentos e 'confisco' de salários".
Após o homicídio, os cubanos autores da emboscada teriam sido transferidos para Rostov, em um batalhão dentro do território russo. Ainda segundo o Atesh, batalhão em Pokrovsk pediu que os substitutos sejam russos.
O relato não foi confirmado pela imprensa russa, estatal ou independente— enquanto outros veículos ucranianos se valeram da informação da Atesh para noticiar o fato. O caso na linha de frente expõe o acordo entre a ditadura de Miguel Díaz-Canel em Havana e a autocracia militar de Vladimir Putin em Moscou.
Interessados em escapar de uma rotina de alta privação de bens, baixos salários e poucas perspectivas, cubanos com treinamento militar estão aceitando, com as benesses do seu próprio governo, embarcar rumo a Rússia para se tornarem soldados mercenários a serviço do país (a Aeroflot, companhia estatal russa, mantém voos semanais para Cuba, apesar de estar banida em quase todo o restante do planeta).
Em território ucraniano, de fato, as condições não parecem as prometidas. Vídeos em redes sociais mostram o que seriam cubanos na Ucrânia, reclamando em espanhol das condições de atuação no local.
Ya están llorando!!!. Fueron por dinero y ni dinero ni naaaaa.... pic.twitter.com/lJv9QkWboP
— TeinaNAFO,FELLA🇼🇸🇺🇦🇪🇺🇨🇦 (@RafaMorgan64) April 28, 2024
"Estamos muito f...", diz um soldado que se apresenta como Pedro Domínguez. De um grupo de 56 soldados que embarcaram com ele, segundo ele, restam apenas quatro vivos.
"Estão tomando todo o nosso dinheiro. Não nos estão pagando, muitos dos meus amigos já morreram em combate, e não nos pagam o que [foi prometido]", diz um segundo soldado apresentado como cubano, vestindo roupas com a bandeira russa. Ele indica estar arrependido da escolha em lutar na guerra: "Sigam fazendo seu trabalho, mas entreguem as armas. Estamos morrendo e a ninguém estão pagando o que se espera. Prefiro que me mandem para Moscou , do que perder a vida e minha família não receba nenhum dinheiro."
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Comentários (4)
Antonio
2024-05-04 11:16:59Somente a escravidão dos séculos xvii e xviii tem paralelo com tamanha barbaridade perpetrada pelo governo de Cuba que vende seus jovens para o moedor de carne humana que é o front ucraniano. Com um agravante- os europeus vendiam os africanos enquanto os cubanos vendem os seus filhos.
Odete6
2024-05-04 00:32:50Porque chamam o nanoputin de """autocrata""", sendo o genocida exatamente o clássico ditador como qualquer outro???? Por um acaso as eleições na rússia não foram uma ameaçadora e desavergonhada fraude como na venezuela por exemplo????? Ou acham que foi """um """exercício democrático""" pleno"""?????
Amaury G Feitosa
2024-05-03 18:16:23Pobres coitados vendidos para bucha de canhão.
Caleidoscópio
2024-05-03 15:09:26Seria um "Mais médicos" militar? Mandam as pessoas e o governo fica com o dinheiro.