Trump fala em julgamento sobre fraudes em sua corporação
O ex-presidente americano Donald Trump (foto) resolveu tomar a palavra, nesta quinta-feira, 11, como parte de sua defesa em um caso na Justiça de Nova York, sobre a possível fraude fiscal na avaliação dos seus empreendimentos. Após o juiz pedir que Trump se ativesse apenas aos fatos e à lei, o ex-presidente entrou, segundo o...
O ex-presidente americano Donald Trump (foto) resolveu tomar a palavra, nesta quinta-feira, 11, como parte de sua defesa em um caso na Justiça de Nova York, sobre a possível fraude fiscal na avaliação dos seus empreendimentos.
Após o juiz pedir que Trump se ativesse apenas aos fatos e à lei, o ex-presidente entrou, segundo o jornal The New York Times, em modo de "fluxo de consciência".
"O que aconteceu aqui, senhor, é uma fraude contra mim", disse, "Se eu não posso falar [sobre a motivação política por trás desse caso] — é de fato um desserviço. Eu diria que isso é uma grande parte do caso. Diria que é 100% [do caso]."
Em seis minutos descritos como "caóticos" pelos jornalistas presentes à sessão (que não foi gravada), ele atacou a procuradora do caso, Letitia James, a quem definiu como "uma odiadora de Trump que quer ser eleita se valendo de Trump"; disse que havia uma fraude contra ele, com o objetivo de impedi-lo de se candidatar novamente; que era inocente e que os balancetes das suas empresas eram "perfeitos".
Então, ele partiu para cima de Arthur Engoron, o juiz que decidirá sozinho o caso. "Você tem sua própria agenda, eu compreendo" , disse Trump, para quem "não se pode ouvi-lo [Engoron] por mais que um minuto". O juiz, sentado logo à sua frente, se enfureceu e ordenou à equipe de advogados do ex-presidente: "controlem seu cliente".
A intervenção do republicano não deve impedir Engoron de aplicar uma das mais duras derrotas judiciais ao ex-presidente, proibindo-o de fazer negócios com o seu tradicional nome Trump no estado de Nova York. O magistrado pareceu se convencer dos argumentos da procuradora (de origem democrata), que teria comprovado que ele e sua família inflaram o valor de suas empresas e bens para garantir empréstimos em condições favoráveis.
O caso não apenas afeta a imagem de magnata dos negócios que deu fama a Trump, como afeta também seus filhos, que são réus no caso. Não há prazo para que o juiz Arthur Engoron decida sobre a questão, mas a decisão deve sair em breve, já que decisões preliminares já prenunciam seu entendimento.
Esta não é o único caso que Trump precisa se preocupar. Dois dias atrás, ele estava em Washington acompanhando o julgamento para sua possível imunidade durante a invasão do Capitólio, em 2021. Os juízes que julgarão o caso não pareceram convencidos da argumentação de que ele seria totalmente imune enquanto presidente, mesmo que ordenasse a morte de seu rival político. Há ainda casos na Florida e na Geórgia, e dois estados já o proibiram de se candidatar neste ano.
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Comentários (1)
Odete6
2024-01-11 16:56:05Sásinhora.... quando será que esse iiiiinnnnnsuportável agente-laranja sairá definitivamente de circulação.....