Exército reafirma que não vai endossar pedidos de intervenção militar
Integrantes do Alto Comando do Exército, além de generais e coronéis, têm reafirmado, em conversas internas, que não vão endossar os atos populares que pedem a intervenção militar e aplicação do artigo 142 da Constituição Federal. Como mostramos ontem, houve concentração de eleitores bolsonaristas em frente a locais estratégicos como o Quartel General do Exército,...
Integrantes do Alto Comando do Exército, além de generais e coronéis, têm reafirmado, em conversas internas, que não vão endossar os atos populares que pedem a intervenção militar e aplicação do artigo 142 da Constituição Federal.
Como mostramos ontem, houve concentração de eleitores bolsonaristas em frente a locais estratégicos como o Quartel General do Exército, em Brasília, ou o Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro. Nos atos, os manifestantes pediram intervenção militar com Jair Bolsonaro no Poder.
Segundo apurou este site, a cúpula do Exército acompanhou, com preocupação e minuto a minuto, o desenrolar dos atos.
O Exército também monitorou eventuais integrantes da Força que se manifestaram a favor da aplicação do artigo 142. Não como endosso ao movimento, mas para punir eventuais episódios de insurreição militar. Um cabo foi alvo de procedimento administrativo por fazer posts nas redes sociais sobre o assunto.
Na avaliação de generais do Exército, os protestos de ontem foram representativos, mas os militares têm reafirmado que não vão enveredar para uma aventura golpista. Há na caserna um claro descontentamento com a vitória de Lula, mas, para o Alto Comando e para os generais, o respeito à Constituição e ao resultado das urnas está acima de qualquer preferência político/partidária.
Antes do primeiro turno, o generalato já havia dado sinais de que acataria o resultado das urnas. Nas aspas de um general integrante do Alto Comando, "quem ganhar, leva".
Outra questão que vem sendo ponderada pelos militares diz respeito ao orçamento de 2023. Na visão do Exército, quanto mais se estendem os protestos, menor será a capacidade dos generais de negociar, já com o governo Lula, a participação do Ministério da Defesa na peça orçamentária do ano que vem.
Para 2023, a Defesa concentra 1/3 da capacidade de investimentos do governo federal: uma cifra de R$ 7,4 bilhões.
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Comentários (9)
Roberto
2022-11-10 15:07:50ja disse aqui os militares o alto comando são brasileiros que têm responsabilidades com a nação e não. admitir um colpe só para agradar ao um psicopata louco e sem caráter e mentiroso
Antonio
2022-11-06 08:35:31Acorda general, o jogo já está fora das 4 linhas a muito tempo….
Alexandre
2022-11-04 09:30:48Cadê o relatório sobre as urnas que o exército ia escrever?
Flavio
2022-11-03 21:00:38O congresso americano aprovou por unanimidade uma resolução que encerra imediatamente qualquer parceria, inclusive militar, com o Brasil, caso o resultado das urnas não seja respeitado. As nossas forças armadas dependem da tecnologia. Não darão esse tiro no pé! Obrigado, Tio Sam!!!
Fabio
2022-11-03 19:48:27Só no Brasil que se "defende a democracia" pedindo por Intervenção militar... Cada povo tem mesmo os governantes (ou golpistas) que merece...
Chiquinha
2022-11-03 17:14:54Não se poderia esperar outra atitude de militares responsáveis, a não ser o respeito à ordem e à Constituição. Nada justificaria uma intervenção militar neste momento. O País teve eleições limpas, o povo escolheu um novo Presidente e as Forças Armadas garantirão a sua posse em 1° de janeiro. Quanto aos bolsonaristas radicais e descontentes, já choraram e exerceram o seu "jus sperniandi" nestes últimos dias e, agora, que tratem de sossegar e cuidar da vida. O jogo acabou! Revanche, só em 2026.
Mauro Santos
2022-11-03 17:12:38Exatamente, vai cumprir o ART. 142 em defesa das instituições, no caso o Tribunal Superior Eleitoral.
Lost Memory
2022-11-03 15:01:15Alô ignaro canelau intervenção só pelo Art 142 do livrim que os frouxos (rabos presos?) dos "pudêres" estuprados não tiveram coragem ou moral para solicitar mas em janeiro ôcêis encherão a pança com picanha e chopp podem esperar.
ANTONIO
2022-11-03 14:31:04Os fanáticos bolsonaristas não veem que havendo uma intervenção militar Bolsonaro deixa de ser o comandante supremo das forças armadas e volta a ser o indisciplinado capitão que saiu das FA pela porta dos fundos e será imediatamente preso, ou eles acham que os generais vão se esquecer das humilhações que sofreram em seu desgoverno.