Em evento militar, Bolsonaro não discursa e comandante do Exército fala em compromisso com a 'estabilidade'
Com a agenda centrada em eventos militares desde a escalada da tensão com o Supremo, o presidente Jair Bolsonaro participou na manhã desta quarta-feira, 25, da cerimônia de celebração do Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília. Suspensa em 2020 devido à pandemia, a solenidade foi retomada neste ano cercada de pompa e...

Com a agenda centrada em eventos militares desde a escalada da tensão com o Supremo, o presidente Jair Bolsonaro participou na manhã desta quarta-feira, 25, da cerimônia de celebração do Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília. Suspensa em 2020 devido à pandemia, a solenidade foi retomada neste ano cercada de pompa e com a presença de integrantes do alto escalão do governo federal e de populares.
Em uma das raras aparições com máscara de proteção facial, Bolsonaro condecorou organizações militares e cumprimentou os homenageados, mas, na contramão das previsões de aliados, não discursou. Até então, integrantes das alas política e militar do governo temiam que o presidente da República usasse o QG do Exército como palco para conclamar a militância a comparecer aos protestos de Sete de Setembro contra o STF e o Congresso, inflamando ainda mais a crise.
Durante o evento, em tom sóbrio, o Comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, declarou que a Força está comprometida com o anseio da população por "estabilidade". "O momento desta justa homenagem aos soldados, que muito contribuíram e contribuem para a unidade e a grandeza do Brasil, nos motiva a reafirmar o compromisso com os valores mais nobres da pátria e com a sociedade brasileira em seus anseios de tranquilidade, estabilidade e desenvolvimento", disse.
Todos os chefes de poderes foram convidados para a cerimônia. Em meio à tensão com Bolsonaro, o presidente do Supremo, Luiz Fux, não compareceu. Formalmente, a justificativa foi a de que o ministro teve de centrar esforços na agenda da corte, sobretudo diante de manifestações de indígenas de todo o país, concentrados na Esplanada dos Ministérios, contra medidas que dificultam a demarcação de terras e incentivam atividades de garimpo -- o tema será objeto de julgamento no STF na tarde desta quarta-feira.
Ao longo de 1 hora e 30 minutos, houve desfile da cavalaria e de veículos militares do Exército, como o Astros, equipado com um sistema de lançadores de foguetes, marchas de fardados, apresentações artísticas das bandas marciais e a entrega de três medalhas distintas a oficiais, por exemplo. A cerimônia contou com um efetivo de 1.460 militares e 90 veículos.
Centenas de familiares de militares e demais populares acompanharam o desfile. O credenciamento para o público começou às 7 horas e 30 minutos e, mesmo após o início do evento, as filas para a entrada cercavam o QG do Exército. Muitos vestiam camisas de cor verde e amarela e ambulantes vendiam camisas do Brasil nas proximidades.
Bolsonaro deixou o QG do Exército acompanhado pelos ministros da Defesa, Walter Braga Netto, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno Ribeiro. Outras figuras de destaque do governo, como os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Marcelo Queiroga, também participaram.
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Comentários (10)
PAULO
2021-08-25 19:40:14MORO É UM HOMEM DE VIRTUDES. Quando Bolsonaro buscou interferir na PF p/ resolver questões pessoais, a permanência dele no governo ficou insustentável. Às Forças Armadas é um aparato de Estado. Na primeira investida golpista do Bolsonaro, os comandantes tinham que ser mais duros. Cada cidadão tem q cumprir com o seu papel na sociedade. O presidente tem que governar dentro dos limites da Constituição. Às FA tem que agir dentro desses limites também. Precisamos de um PR que respeite às FA, Moro.
Leonardo
2021-08-25 16:07:39Os melhores momentos do Bolsonaro, tanto na campanha como no governo, foi quando ele estava internado sem poder falar...
Leonardo
2021-08-25 16:06:41Isso aí é estratégia de campanha, nada pode ser melhor para o Bolsonaro se reeleger do que ele ficar de boca fechada ou internado no hospital.
Magdalena
2021-08-25 16:03:43Ele não usa máscara e qdo usa coloca do lado errado
Antonio
2021-08-25 15:35:18vão a merds
Ferreira
2021-08-25 14:57:17Em caso de golpe militar (ou autogolpe), por que generais deixariam o comando do país a um ex-tenente insubordinado?
Ana
2021-08-25 14:36:01Alguns membros do Exército, declaram pra ex presidentes que não existe chace de apoiarem alguma tentativa de golpe por Bolsonaro. E que há sim, risco de apoio das PMs dos estados a alguma tentativa. Continuo apavorada.
ENDERSON
2021-08-25 13:18:43A imprensa comprada está se cagando de medo, das manifestações de 7 de Setembro!!! E eu acho graça!!!😏😏😏😏😏
Odete6
2021-08-25 13:08:49😆😆😆😆😆😆😆😆😆😆... Finalmente alguns sãos, sérios, respeitáveis e fortes trataram de calar a boca do genocida maricas ""magdo""!!!! Só falta a câmara fazer a sua parte!!!!
Odete6
2021-08-25 13:08:48😆😆😆😆😆😆😆😆😆😆... Finalmente alguns sãos, sérios, respeitáveis e fortes trataram de calar a boca do genocida maricas ""magdo""!!!! Só falta a câmara fazer a sua parte!!!!