Mandetta e a 'guerra de narrativas' sobre orientação para procura por hospital
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (foto) criticou a construção de uma "guerra de narrativas" em torno da orientação para que pacientes com sintomas similares aos da Covid-19 procurassem atendimento médico somente diante da piora do quadro de saúde. A recomendação do ex-deputado do DEM, dada antes do início da transmissão comunitária no país...
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (foto) criticou a construção de uma "guerra de narrativas" em torno da orientação para que pacientes com sintomas similares aos da Covid-19 procurassem atendimento médico somente diante da piora do quadro de saúde. A recomendação do ex-deputado do DEM, dada antes do início da transmissão comunitária no país e alterada em momento posterior, é alvo de constantes críticas da base aliada ao Planalto e do próprio presidente Jair Bolsonaro.
Governistas planejavam usar a orientação como munição contra o ex-ministro, que permaneceu no cargo até abril de 2020. O relator da CPI, Renan Calheiros, antecipou-se e fez o questionamento. "O senhor considera que foi a medida adequada?", indagou, ressaltando que se tratava de "uma pergunta mais direta, mas também uma oportunidade".
Mandetta respondeu que, à época, o vírus não havia se disseminado pelo território brasileiro e a ida massiva a hospitais poderia dar o start à transmissão exponencial. O ex-ministro alegou, no entanto, que "todas as orientações são para dar entrada pelo sistema de saúde", quando necessário.
"Nós estávamos no mês de janeiro, de fevereiro. Não havia um caso registrado dentro do país. O que havia naquele momento eram pessoas em sensação de insegurança, de pânico, porque viam no mundo inteiro situações. A televisão passava hospitais sendo construídos na China, a própria Itália com seu lockdown", comentou.
"As pessoas procuravam hospitais no intuito de fazer testes. 99,9999% dos casos eram de outros vírus e o 0,00001% eram indefinidos. Nós só fizemos transmissão comunitária depois do dia 24 de março. Num momento de virose... Em caso de virose, a orientação sempre foi que você observe, que você não vá imediatamente para o hospital, porque aglomera e, se você tiver, lá sim, um paciente positivo, ele vai contaminar na sala de espera", emendou.
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Comentários (4)
Mario
2021-05-04 17:44:15Criminoso, a orientação de procurar ajuda somente depois do agravamento do estado de saúde levou muitas pessoas à morte, e partiu dele a recomendação.
Fabio
2021-05-04 17:16:21Esse Mandetta é um mentiroso vigarista de 5 categoria. Responsável por desvios no ministério da Saúde. Um corrupto
Dementrio
2021-05-04 15:30:10Que cara de pau, "era janeiro ou fevereiro" é ? E o senhor achou SUPER conveniente não falar nada no Carnaval e muito menos em Março 2020, e só começou a dar showzinhos diários na tv no final de Março pedindo fechamento total até em Quixeramobim e interior do Acre, onde logicamente não havia um vírus sequer do novocoronavírus da COVID19.
Sonia
2021-05-04 13:59:59Agora, convenientemente, "reforma" a orientação, que na época era de só procurar atendimento médico quando não estivesse mais conseguindo respirar. Muita gente seguiu essa orientação, e se deu muito mal.Esse ex-ministro, que tem formação de ortopedia infantil, estava despreparado para o cargo e logo passou a mirar cargos políticos. Um oportunista.