Os donos do cofre
O financiamento público de campanha amplia, à base de dinheiro contribuinte, o poder dos caciques partidários, que usam os bilhões do fundo eleitoral para privilegiar aliados nas eleições e se perpetuar no poder
Este conteúdo é exclusivo para assinantes
Em outubro de 2017, quando o Congresso aprovou o financiamento público de campanhas, a iniciativa foi vendida ao distinto público como uma medida moralizadora que surgia para pôr fim à farra das doações de empresas e, principalmente, reduzir a concentração de poder nas mãos dos diretórios nacionais dos partidos, dominados pelas raposas políticas de sempre – em geral, enroladas com a Justiça. Só que, como quase tudo o que sai da cachola das excelências, a máxima lampedusiana prevaleceu: as coisas mudaram para permanecer como estavam, ou mesmo para piorar o que já não era bom. Num país em que os partidos são controlados com mão de ferro por políticos que agem como se seus donos fossem, os bilhões dos fundos eleitorais e partidários, agora irrigados com dinheiro público, empoderaram ainda mais os caciques partidários.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
MARCOS
2020-10-21 11:26:14Cada povo burro merece os políticos ladrões que tem.
Paulo
2020-10-20 19:31:02Farra com o dinheiro dos trouxas!!!
Leandro
2020-10-19 18:34:04Tenho asco da classe política desse país.
Albino
2020-10-19 15:09:17Uma crítica, construtiva (espero), Helena teu artigo é muito bom, como sempre!!! Só não entendi a foto do Artur na capa da matéria sem nenhuma referência pra ele, sendo que ele é o único candidato a prefeito de SP que não está usando o fundão. Do jeito que está ai parece que ele é o maior culpado dessa baixaria, sendo que é o único que nao tem... pelo menos em SP... Cabe uma nota explicativa ai... se eu foçe ele ia querer!!!!! Abraço. PS: MUITO BOA A MATÉRIA...
Dalila
2020-10-19 00:05:47Isso é uma corrupção legalizada
IVO
2020-10-18 19:59:52Eduardo Paes, quando se candidatou para prefeito, em sua primeira eleição, acusou Cezar Maia, de desvio de dinheiro na construção da cidade da música. Fica muito claro que desvio de dinheiro, não e um parâmetro impeditivo de associação. Hoje os dois remam juntos no mesmo partido.
Cleusa
2020-10-18 15:20:04Se um parlamentar pudesse ser reeleito apenas uma vez, a folia terminaria!
Cleusa
2020-10-18 15:18:57Acho que se um parlamentar pudesse ser reeleito apenas uma vez, essa folia terminaria.
André
2020-10-18 14:44:23E tem idiota que vota, esses cancerosos só querem mesmo roubar. Ganhar fácil.
ANTONIO
2020-10-18 12:45:22Só podemos lamentar a podridão que reina nas casas legislativas , espalhadas pelo Brasil. Acabar com essa pouca vergonha de fundão e outras aberrações com dinheiro publico é obrigação do eleitor. Eu só voto em candidato que nao usa nosso dinheiro.