Arte: Crusoé

Betina Anton: os 18 anos do nazista Josef Mengele no Brasil

Autora de biografia sobre médico da Alemanha nazista, que morreu no Brasil, explica por que figura de Mengele gerou tanta busca, mesmo anos após sua morte
23.11.23

Josef Mengele, o médico nazista mais procurado do mundo, viveu 18 anos no Brasil. Sua passagem pelo país é descrita no livro Baviera Tropical, da jornalista Betina Anton.

“Essa questão de ele ter ficado tanto tempo em fuga, nunca ter sido pego, e morrer de férias em Bertioga é uma coisa que chama muito a atenção”, disse Betina, nesta edição do Crusoé Entrevista.

Mengele foi o médico do campo de concentração de Auschwitz, cuja longa lista de experimentos sem nenhum respaldo científico ou ética profissional lhe garantiram o apelido de Todesengel, ou “Anjo da Morte”.

A história ganha os contornos tropicais do título porque, escapando dos julgamentos de Nuremberg e da caça aos nazistas, Mengele se refugiou na América do Sul. Primeiro, na Argentina, onde, o nazismo contou com a ajuda de Juan Domingo Perón.

Depois da prisão de Adolf Eichmann por uma equipe do Mossad na Argentina, Mengele passou a ter medo de também ser capturado e levado a julgamento em Jerusalém. Com isso, ele se instalou no Paraguai do ditador Alfredo Stroessner. Lá, obteve cidadania paraguaia. Em 1961, ele veio ao Brasil, onde morreu afogado em uma praia em Bertioga, no litoral de São Paulo. Ao todo, foram 34 anos em fuga.

O livro, recém-lançado no Brasil, deve ser publicado em oito países a partir do próximo ano — o que mostra um interesse global e permanente na figura de um dos maiores. Para recontar a história, Betina realizou entrevistas e pesquisou documentos em diversos países.

Assista, abaixo, à íntegra da entrevista:

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  1. Excelente entrevista. Comprarei o livro. Curioso ele ter sido enterrado no Embu, a dois quilômetros de um cemitério Israelita. Que pague para sempre por seus crimes.

  2. Curioso é esquerdista brasileiro apoiar peronistas, cujo mentor era protetor de nazistas e francamente apoiador dos regimes fascistas europeus da época.

  3. Ótimo que o animal Josef Mengele, o monstro nazista, depois de Auschwitz, tenha passado o resto da vida sob stress e medo de ser capturado pelos seus caçadores. Deprimido, morreu de AVC e afogado, merecidamente!

  4. O animal Joseph Mengele morreu de um AVC em Bertioga/SP. Estava deprimido e com medo de ser caçado por diversas entidades que estavam no seu encalço, inclusive o Mossad de Israel. Ótimo q tenha terminado seus dias amedrontrado, deprimido e solitário. Não merecia viver depois de tanta maldade que praticou na Alemanha nazista! Peron e Stroesner o protegeram, pelo o que se vê, Lula também o teria protegido. Parabéns Betina Anton pelo livro e Gui Mendes pelos artigo, vídeo e entrevista.

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