O ministro da Justiça Flávio Dino

Pintou um clima

16.11.23

Enquanto idoso da Terceira Idade Provecta, pertenço a uma das categorias humanas que mais sofrem com a canícula escaldante em que se transformaram o Brasil e o mundo. Sou uma vítima da preconceituosa canico-gerontofobia-antisomítica, portanto tenho lugar de falo.

O calor sem precedentes se deve a um fenômeno de natureza ecoclimatérica: o aquecimento global, que está provocando o derretimento da Globo, do Globo e do meu bilau, não necessariamente nessa ordem. Sem ter como pagar a conta de luz, cada vez maior pelo uso do ar refrigerado, a emissora dos Marinho está pensando em acabar com o Caldeirão do Mion e a novela Fogo e Paixão. Essas duas produções, apesar de seus nomes termo-caloríferos, provocaram frieza no público que prefere as dancinhas geronto-afrescalhadofóbicas do Ary Fontoura no Tik Tok.

Não sou o único que sofre com as altas temperaturas. A chapa também esquentou para o obeso ministro Flavio Dino. Em vez de cortar as gorduras do Ministério da Justiça, o titular da pasta (e dos risotos, pizzas e churrascos) disse que não teve nada a ver com a mulher de um traficante amazonense, a apenada Madame Patinhas, que frequenta as dependências do ministério numa de boa. A esposa do marginal pertence a uma ONG que luta pelos direitos humanos dos presos facínoras, no caso, seu próprio narcomarido que está em cana.

Todos sabem que Flavio Elefantino não tem papas na língua, além de uma imensa papada debaixo do queixo. Se essa galera se importasse mesmo com o social, faria uma bela lipoaspiração bariátrica na adiposa protuberância ministerial e doaria a banha rica em proteínas para uma instituição de caridade.

Infelizmente, tive que interromper esse artigo para pegar um arzinho lá fora. Suado, sentei-me na calçada e, por conta do calor insuportável, acabei fritando dois ovos no meio fio. E todo mundo sabe que eu prefiro meus ovos mexidos e, como o presidente Lula, de preferência babados.

​E a coisa continua pegando fogo nas Faixas de Gaza, nas duas: na Faixa de Gaza raiz que fica no Oriente Médio e na Faixa de Gaza Tabajara, situada na Baixada Fluminense onde a violência é muito pior.

A esquerda, sempre na contramão da História, (são nove pontos na carteira de motorista) organiza manifestações no mundo. Um bando de protestantes (e católicos) foram às ruas para lutar pelos direitos dos antissemitas. Esses estranhos nazo-pacifistas lutam por uma Palestina livre. Livre de judeus. E querem acabar com o atual estado de coisas, a começar pelo Estado de Israel.

Numa clara demonstração de antisodomitismo confesso, Luis Inácio Lira da Silva, o Janja, fez questão de ir ao aeroporto receber pessoalmente os palestínicos, anunciando um programa de impacto de inserção social para os refugiados, o Minha Carrocinha de Kibe Minha Vida.

O presidente Luís Inácio Mulah da Silva, o Janja, comparou o Hamas ao Exército de Israel, o que é um absurdo porque as Forças Armadas israelenses têm até mulheres. O que é algo impossível de acontecer no machista mundo arabesco-islâmico, onde as criaturas do sexo feminino valem menos que um camelo. Até as que têm duas corcovas.

No mundo árabe islâmico as mulheres sofrem de vaginofobia e, por isso mesmo, são espancadas diariamente pelos maridos como se fossem apresentadoras de TV. Até aí tudo bem, tudo normal. O que não se pode admitir é você meter porrada na sua esposa só porque está devendo dinheiro no banco. Porque não quebra a bicicleta do Itaú, arrebenta o Caixa Eletrônico ou mete o braço no presidente do Bradesco?

Aqui em casa, por exemplo, no meu Dodge Dart 73 enferrujado em que habito, quem deve dinheiro sou eu. Devo a Deus e a todo mundo, principalmente a todo mundo. Por isso, a minha patroa, a Isaura, enfia o cacete na minha pessoa “di cum força” todo dia que é para eu aprender a não gastar dinheiro com p@#$%ˆ&. Isso só aconteceu porque eu mandei pra ela umas flores comemorando o nosso aniversário de casamento.

 

Agamenon Mendes Pedreira é correspondente velho de guerra

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  1. PQP hoje você estava inspiradíssimo. Foi difícil terminar o texto de tanto que tive que parar pra rir. Excelente!

  2. Não deixou um só detalhe da estrondosa semana sem fazer comentários. Obrigada Agamenon, por ser nosso porta voz da indignação...sei lá para que serve se indignar senão só para rir.

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