Tá russo pra todo mundo!

A democracia está em risco em todos os países do planeta (e da Casseta também!). Menos na Rússia, é claro, onde a democracia nunca existiu. Desde os bons tempos dos czares, a Russia é um império totalitário governado por déspotas como Pedro, o Grande (não me perguntem por quê); Ivan, o Terrível; Lênin, Stálin, Brejnev, Serguei Eisenstein, Rudolf Nureyev, Tolstói, Dostoiévski, Tchaikóvski, Yuri Gagárin, Boris Casoy e Vladimir Putin.

Nos países democráticos, a luta pelo poder se dá nas urnas, aquelas maquininhas que o comerciante de joias Jair Bolsonaro garante que se pode hackear. Já na Rússia Soviética, tudo isso é considerado frescura e coisa de boiola: se algum adversário político está enchendo o saco, o negócio é matar o sujeito com veneno, afogado na piscina ou então arremessando o infeliz pela janela do prédio. No caso do mercenário Yevgeny Prigozhin já foi um pouco diferente. O guerrilheiro careca caiu de uma janela, mas de uma janela de avião, levando com ele mais uns sete que estavam no lugar errado e na hora errada. Parece coisa da milícia carioca. É o Brasil exportando tecnologia!

Aliás, as autoridades russomanas já enviaram uma equipe para a comunidade do Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, para investigar se o atentado é coisa dos milicianos ou apenas mais uma armação do PCC, Partido Comunista Carioca.

A situação russa está mais pra roleta que pra salada. O país é governado pelo Vladimir Putin, membro da banda podre da antiga KGB, KYmitet Gosudarstvennoy Bezopasnosti, uma agência de espionagem que utiliza como fachada a marca de um lubrificante íntimo. Graças a esse gel, solúvel em água, um agente da KGB consegue penetrar com mais facilidade nos lugares mais remotos da anatomia humana e da geopolítica internacional.

Vladimir Putin é uma espécie de Rasputin sem barba e sem escrúpulos. Por isso mesmo, contratou o Grupo Wagner, uma espécie de Uber que em vez de automóveis utiliza tanques, blindados e canhões para efetuar as suas operações de transporte alternativo.

O Grupo Wagner também oferece os serviços de mercenários, tipo iFood, que leva a guerra e a destruição aonde o freguês mandar numa quentinha (em São Paulo é marmitex); é só pedir pelo aplicativo.

Tanto o Putin quanto o Prigozhin garantem que não fazem nada de ilegal: admitem apenas que são contraventores, exploram o jogo do bicho e patrocinam escolas de samba. Ao contrário da política brasileira, corre muita sujeira no submundo do Kremlin, principalmente depois que os dois — Vladimir, o Miro, e Yevgeny, o Caveirinha —  passaram a disputar o controle das maquininhas de videopôquer nas biroscas da Crimeia, e todos conhecem o ditado popular:a Crimeia não compensa.

Indignado com o trocadilho infame, o ditador autocrata russo ficou Putin e resolveu “finalizar” o chefe do grupo paramilitar Prigozhin, sabotando o avião da Embraer onde o miliciano soviético viajava desta para melhor.

A mesma coisa aconteceu com a Ucrânia. Putin invadiu o país vizinho só porque não gosta das piadas do Zelensky, que além de político também é humorista, tendo inclusive trabalhado no A Praça Vermelha é Nossa, do SBT (Sovietskaya Bolsheviks Televsionikosmos).

O objetivo de Putin é passar o rodo até o Mar Negro, onde ficam as reservas de petróleo, e anexar o Mar Cáspio, produtor de caviar e seborreia.

O mundo, que não é um ovo, ficou chocado com essa guerra fora de época, mas os líderes mundiais não fizeram nada para impedir o esculacho russomano. Biden enviou toneladas de fraldas geriátricas de sua coleção particular. E o presidente Luísque Inácio Lula da Silva, o Janja, disse que é preciso ver o lado da Rússia nesse conflito. O que ninguém entendeu, porque o lado da Rússia é o de fora. Fora do território ucraniano.

Aliás, por conta de suas desastradas declarações em que defendeu a Rússia e agradeceu à África pela escravidão, Lula está cada vez mais longe do Prêmio Nobel da Paz, sua grande obsessão. Ser presidente dá muita dor de cabeça, principalmente se você encheu a cara de vodca na noite passada. Outro que se encaminha rapidamente para o xilindró é o ex-presidente Jair Messias Bolsonazi, que recebeu de presente um vibrador Rolex cravejado de diamantes e o escondeu das autoridades. O povo quer saber: onde está metido o luxuoso consolo das Arábias?

Agamenon Mendes Pedreira é jornalista combativo e ficou vários anos preso no calabouço fiscal.