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Tiros contra manifestantes não inibem protestos no Irã, que já duram 12 dias

27.07.21 09:40

Os protestos contra a ditadura do Irã completaram nesta segunda, 26, seu 12º dia. Manifestantes continuam saindo às ruas apesar da repressão, que deixou no mínimo seis mortos. Com base na análise de vídeos, organizações de direitos humanos afirmam que as forças de segurança estão atirando diretamente contra os manifestantes.

Existem vários vídeos mostrando as forças de segurança iranianas usando armas de fogo contra os manifestantes, disparando diretamente contra a multidão“, diz a pesquisadora Tara Sepehri Far, da Human Rights Watch. “As autoridades iranianas têm um longo histórico de reprovação de protestos. Em uma das repressões mais brutais, em novembro de 2019, mais de 300 manifestantes foram mortos. Em muitos dos casos, eles foram baleados no peito e na cabeça.”

A exemplo de manifestações que ocorreram no final de 2019, em janeiro do ano passado e no início de julho deste ano, os iranianos começam reclamando da falta de água, dos apagões e do aumento de preço dos combustíveis. Quando estão em maiores grupos (foto), eles gritam contra a ditadura. Pedem a morte ou a saída do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

O epicentro dos protestos desta vez é a província de Cuzistão, que fica a oeste do país. A região tem uma importante população árabe, em um país de maioria persa. Apesar de rica em petróleo, a província enfrenta escassez de água por falta de investimentos em saneamento.

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