TI aponta influência de empresários corruptos no governo Lula
Irmãos Batista da J&F foram prestigiados publicamente pelo presidente, desfrutando de acesso sem transparência ao Palácio do Planalto
![](https://cdn.crusoe.com.br/uploads/2025/02/Lula-Wesley-Batista-JBS-1024x563.jpg)
Com Lula, o Brasil registrou sua pior colocação no Índice de Percepção da Corrupção, feito anualmente pela Transparência Internacional — Brasil.
Em 2024, o país ficou na 107ª posição. No último ano do governo de Jair Bolsonaro, 2022, estava em 94º lugar.
Em um relatório específico sobre o Brasil, a Transparência analisou a atuação do Poder Executivo e apontou o vínculo do presidente com empresários condenados por corrupção.
Entre os pontos negativos, a Transparência aponta:
"Retomada da influência no governo de empresários que confessaram esquemas de macrocorrupção e permanecem impunes, como os irmãos Batista da J&F, prestigiados publicamente pelo presidente Lula, desfrutando de acesso sem transparência ao Palácio do Planalto e beneficiados por medidas provisórias no setor elétrico, com graves prejuízos aos consumidores de energia."
A TI-Brasil destaca que a Âmbar Energia, dos irmãos Batista, foi beneficiada em decisões do Ministério das Minas e Energia. Seus executivos foram recebidos 17 vezes no prédio da pasta, entre 2023 e 2024.
Em uma decisão, o Ministério tornou a compra da Amazonas Energia mais atrativa para a Âmbar. Em outra, autorizou a exportação de energia para a Venezuela.
Leia em O Antagonista: Onde está Wesley Batista na foto de Lula?
Em abril do ano passado, Lula visitou uma planta frigorífica da JBS em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
O petista foi ciceroneado por Wesley Batista.
Nas 70 fotos divulgadas pelo Planalto, Wesley não aparece em destaque, mas ainda assim podia ser visto com capacete cinza, atrás de alguns funcionários de avental branco, à direita (foto).
Outros pontos negativos do governo Lula, segundo a Transparência Internacional - Brasil, foram:
- Ampliação do alcance das emendas parlamentares na relação entre Executivo e Legislativo, como moeda de barganha política.
- Renegociação de acordos de leniência para beneficiar empresas envolvidas em macrocorrupção, em processos expostos a conflitos de interesses, sem transparência e sem participação das vítimas dos esquemas.
- Silêncio e aparente inércia da CGU sobre obrigação da Odebrecht (agora Novonor) de concluir acordos de colaboração com autoridades dos países onde confessou suborno transnacional. O prazo, estabelecido pelo acordo assinado entre a empresa e a CGU em 2018, expirou em 2024 e não houve qualquer anúncio do órgão sobre a aplicação das medidas de responsabilização previstas.
- Manutenção no cargo do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
- Um ano após o seu lançamento, o Novo PAC ainda não oferece transparência e condições de controle social adequadas.
- Percepção de crescente ingerência política na Petrobras, reforçados por acordos e investimentos questionados pelo corpo técnico e por indicação para o Conselho de Administração em alegada violação à Lei das Estatais.
- Reiteradas negativas a pedidos de acesso a informação sob justificativa questionável de conterem dados pessoais, incluindo casos envolvendo pessoas da alta cúpula do governo.
- Sob a presidência do Brasil no G20, a Declaração Ministerial do Grupo de Trabalho Anticorrupção retrocedeu em relação a anos anteriores em temas como a opacidade de informações financeiras e a necessidade de se proteger denunciantes de corrupção; a declaração final dos líderes também fez apenas breve menção ao combate à corrupção.
- Persistência de corrupção no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) envolvendo o Centrão e desvios de emendas parlamentares precarizam os esforços de adaptação às mudanças climáticas.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
MARCOS
2025-02-11 14:10:00BANDIDO HOMENAGEIA BANDIDOS.