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Socialistas espanhóis se negam a criticar Maduro por expulsão de embaixadora

01.07.20 17:01

O Congresso da Espanha debateu nesta quarta-feira, 1º, uma declaração condenando a atitude do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que ordenou a expulsão da embaixadora europeia Isabel Brilhante Pedrosa nesta segunda, 29. A proposta legislativa não foi adiante porque o Partido Socialista Espanhol (PSOE), do primeiro-ministro Pedro Sánchez, e o Podemos, de Pablo Iglesias (na foto com Sánchez), foram contra a iniciativa. Os dois partidos formam a coalizão que governa o país.

Maduro ordenou a saída de Isabel em represália a sanções tomadas pelo bloco europeu contra 11 aliados do ditador. “Ante as ações intervencionistas, racistas e supremacistas da União Europeia, decidi dar 72 horas para sua embaixadora abandonar o país. Eles devem respeitar a integridade da Venezuela como nação. Chega de colonialismo”, escreveu Maduro no Twitter na segunda.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, condenou a expulsão e prometeu retaliações. O Congresso da Espanha, contudo, não irá se pronunciar a respeito. “Há uma simbiose ideológica entre o PSOE, o Podemos e a ditadura venezuelana. Muitos integrantes do Podemos são próximos do Partido Socialista Unido da Venezuela”, diz o cientista político venezuelano José Vicente Carrasquero. “Se esses burocratas espanhóis têm informações sobre o que está acontecendo na Venezuela, então podemos dizer que eles estão de acordo com o sofrimento que o regime de Maduro tem imposto aos venezuelanos.”

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