Rosa Weber garante a empresário ligado à Covaxin direito ao silêncio na CPI
A ministra Rosa Weber (foto), do Supremo Tribunal Federal, concedeu ao sócio-diretor da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, o direito a permanecer em silêncio quando questionado pela CPI da Covid sobre questões que possam levá-lo à autoincriminação. O depoimento do empresário está agendado para esta quinta-feira, 1º. A Precisa Medicamentos firmou, em fevereiro, contrato com...

A ministra Rosa Weber (foto), do Supremo Tribunal Federal, concedeu ao sócio-diretor da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, o direito a permanecer em silêncio quando questionado pela CPI da Covid sobre questões que possam levá-lo à autoincriminação. O depoimento do empresário está agendado para esta quinta-feira, 1º.
A Precisa Medicamentos firmou, em fevereiro, contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 20 milhões de doses da Covaxin, desenvolvida pela Bharat Biotech. As vacinas ainda não foram entregues ao Brasil, mas o 1,6 bilhão de reais necessário para honrar o acerto já foi empenhado pelo governo federal.
Os termos do acerto pela compra da vacina indiana estão sob os holofotes desde a semana passada, quando o deputado federal Luis Claudio Miranda e o irmão dele e servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, relataram à imprensa e a CPI terem alertado Jair Bolsonaro, em março de 2020, sobre indícios de corrupção na negociação. De acordo com o parlamentar, ao ouvir os detalhes, o presidente teria alegado que o esquema era "coisa" do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros.
Àquela época, o funcionário público havia identificado irregularidades em notas fiscais e se recusado a assiná-las, barrando a importação. Luis Ricardo notou, por exemplo, que o recibo estabelecia o pagamento antecipado à Madison Biotech, uma offshore ligada à Bharat e sediada em um "paraíso fiscal", cujo nome não constava do contrato.
Maximiano será questionado sobre propostas para pagamento de propina. O deputado Luis Miranda afirmou, em entrevista exclusiva a Crusoé, que, em nome da Precisa, o lobista Silvio Assis o ofereceu, em maio, o repasse de vantagens indevidas, caso deixasse de impor obstáculos à importação da vacina indiana.
No depoimento, conforme a decisão de Rosa, o empresário terá direito à assistência de advogado durante o ato e não poderá "sofrer constrangimentos físicos ou morais".
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
jazumi oshiro
2021-07-01 19:09:45Para ter direito a ficar em silêncio esse senhor já é investigado em algum inquérito???
Alvaro Pereira Sampaio Costa
2021-07-01 18:27:28É verdade que essa "jabuticaba" brazuka de ser um preceito constitucional usar o direito de não produzir provas contra si próprio, é mais uma aberração jurídica que garante a impunidade de bandidos, na Justiça. É por essas e outras que o BR é o paraíso jurídico pra onde mtos bandidos internacionais vem se esconder por aqui.
NeutronLento
2021-07-01 15:59:50Esse STF é tão bonzinho
Maria
2021-07-01 11:25:18Essa CPI é uma piada, é ladrão inquirindo ladrão 🤮🤮🤮🤮🤮🤮
Vasconcellos
2021-07-01 10:43:37Rosa Weber, com seu "preciosismo" jurídico, trabalhando contra o Brasil.
Silvia Gusmão
2021-07-01 04:12:27esse povo do STF parece não estar entendendo o que está acontecendo no Brasil.
Jose
2021-07-01 01:01:34Todos estes bozistas devem ser trancafiados para o bem da nação!
Odete6
2021-06-30 23:37:16Ela faz jus ao sobrenome... e, com esse sobrenome, ela ficaria bem mesmo é na ""suprema corte"" de Hitler.
Sillvia2
2021-06-30 22:56:52A cada pergunta em que se calar estará confessando que tem culpa sim.
JOÃO
2021-06-30 22:18:55Circo é pra palhaço. Empresário tem mais o que fazer.