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Roosevelt e o isolamento de Joe Biden

17.07.21 18:15

Três episódios internacionais recentes revelam a falta de disposição do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (foto), de se envolver com problemas no exterior.

No início de julho, Biden antecipou a retirada das tropas do Afeganistão, permitindo a expansão do grupo terrorista Talibã.

Após o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, ministros do país pediram o envio de soldados americanos para estabilizar o país. O pedido não teve resposta. Na quarta, Biden encorajou as lideranças haitianas a “se unirem pelo bem de seu país“.

Na semana passada, a reação da Casa Branca aos protestos em Cuba foi uma nota pedindo para a ditadura escutar o seu povo.

Para o americano Charles Kupchan, pesquisador do Council on Foreign Relations, o isolacionismo de Biden pode ser comparado ao dos Estados Unidos nos anos 1930.

Após a Crise de 1929, o presidente Franklin Delano Roosevelt (no quadro maior, à esquerda da foto) implantou o New Deal, um programa de investimentos em obras cujo objetivo era recuperar a economia americana.

Biden sempre fala das lições da Era de Roosevelt e tem um retrato do ex-presidente no Salão Oval da Casa Branca. Em comum, os dois lançaram um programa de investimentos em infraestrutura para melhorar o bem-estar dos americanos“, diz Kupchan, autor do livro Isolacionismo: os Esforços da América para se Proteger do Mundo (em tradução livre). “Nos dois casos, a consequência foi o isolamento americano.”

Naquela época, o isolacionismo americano atrasou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. O país só decidiu ir para o combate contra fascistas e nazistas em 1941, após o ataque japonês a Pear Harbor, no Havaí.

Roosevelt pôde se concentrar na frente interna por vários anos, algo que Biden não poderá fazer. Os Estados Unidos hoje são uma potência global, que precisa lidar com a ameaça da Rússia e da China“, diz Kupchan. “Será um desafio e tanto focar internamente e, ao mesmo tempo, envolver-se com os demais países.”

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    1. Depois de quase duas décadas de lulopetismo o Brasil ficou isso que temos hoje,e o Zezinho diarreia quer atribuir ao Bolsonaro,é uma Santa ignorância ou subserviência cega ao seu dono,……

    2. Que os cubanos norte-americanos, ricos como nunca,, façam uma vaquinha para apoiar a contra-revolução!

  1. Está bom mesmo deixar os países resolverem os seus próprios problemas. Vejam o caso do Brasil. Tinha tudo para ser uma potência mundial, mas a população prefere mesmo é ser sadomasoquista e sofrer nas mãos dos bozolulistas. Fazer o que? Cada povo com sua perversão!

  2. Vai ser didático para a humanidade os EUA deixarem de policiar os governantes do mundo. Só espero que tal decisão não dure tempo suficiente para que eu tenha que assistir nossos generais hasteando a bandeira chinesa na praça dos três poderes, sob aplauso de exportadores de frango, algodão e minérios.

  3. Na realidade, é a entrega da liderança mundial a nova potência, a china comunista e sua metodologia marxista de impor a exploração da riquezas das naciones.

  4. Os Estados Unidos sempre agiram com autonomia, mesmo quando pressionados. Ao que parece, os mais desafiadores interesses americano neste período estão dentro do seu território. Sabia decisão. Até quando? E o que fará mudar de ideia?

  5. Toda a midia propugna que o intervencionismo americano faz grande parte da humanidade rejeitar sua evidente prepotência pelo dominio. Parece que o povo americano cansou dessa acusação. Biden cumpre os atuais sentimentos do seu povo. Como Roosevelt nos 940. Estou com a sabedoria de ambos. Seria ótimo deixar de ser polícia do mundo.

    1. Eduardo, ele está certo.Cuida dos interesses do seu país e em vez de ser polícia do mundo, vai aos poucos atraindo para sua área de influência países que presam a democracia, deixando de fora os que gostam da miséria do comunismo e do subdesenvolvimento, como parece ser o nosso caso.

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