Adriano Machado/Crusoé

Planalto não produziu ata de reuniões de Bolsonaro sobre intervenção no Amazonas

15.06.21 07:34

O gabinete de Jair Bolsonaro não produziu ata de cinco reuniões entre o Presidente da República e seus ministros, ocorridas em janeiro deste ano, para tratar da pandemia, período que coincide com o colapso no abastecimento de oxigênio em Manaus.

Segundo depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello à CPI, em uma dessas oportunidades foi apresentada a possibilidade de uma intervenção federal na saúde do estado do Amazonas, mas a ideia foi descartada por Jair Bolsonaro. Os encontros aconteceram na sede do Ministério da Saúde, do Palácio da Alvorada e no Palácio do Planalto, entre 5 e 15 de janeiro.

“Essa decisão não era minha. Foi levado à reunião de ministros com o Presidente. E o governador, presente, se explicou e apresentou suas observações. E foi decidido pela não intervenção. Foi dessa forma que aconteceu”, disse Pazuello à CPI.

As informações, repassadas à CPI pela Casa Civil, foram solicitadas pelo senador Alessandro Vieira, que embasou o pedido em uma planilha contendo a relação de todas as reuniões do Planalto para tratar da Covid-19. Segundo o documento, o tema dos encontros se resume a “assuntos diversos”. À CPI, Pazuello não soube precisar a data em que a intervenção no Amazonas foi descartada pelo Planalto.

Em um dos encontros, ocorrido em 13 de janeiro, Bolsonaro recebeu o deputado Osmar Terra, do MDB, apontado como um dos líderes do chamado “gabinete paralelo”, que aconselhava o presidente a adotar políticas negacionistas e a receitar medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente. O ministro Luiz Eduardo Ramos, então na Secretaria de Governo, também compareceu à conversa.

Ao contrário do que informou Pazuello à CPI, em nenhuma das cinco reuniões ocorridas em janeiro foi registrada a presença do governador Wilson Lima.

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  1. Encontrar ata de reunião do gabinete paralelo equivale a encontrar recibo do triplex firmado pelo Lula… missão impossível!

  2. Pazuello, Bolsonaro e todos do tal Gabinete Paralelo (ou Gabinete da Morte) deveriam estar presos, pois milhares de Brasileiros morreram a mais em função da irresponsabilidade de todos eles.

  3. 1- Quando Bolsonaro ganhou a eleição, dar um autogolpe era uma possibilidade, já que ele poderia, através de um bom governo, ser reeleito e conseguir ainda, eleger um sucessor do seu grupo de poder. Mas agora, diante dos crimes cometidos na pandemia, que ficam cada dia mais cristalinos, dar um autogolpe é uma necessidade, para salvar ele e o seu grupo da cadeia. O general Pazzuelo foi apenas um sapo (tem ou não tem pescoço?) colocado no Ministério da Saúde. Ele foi colocado lá por um motivo.

    1. 2- O sapo Pazzuelo aceitou atravessar o escorpião Bolsonaro, no rio de mortes da covid. Talvez eles tivessem um trato de atravessarem juntos, tal qual na fábula do sapo e do escorpião. Mas assim como na fábula, é da natureza do escorpião picar às suas vítimas. Então voltemos ao autogolpe. Os comandantes das FA sabem que o Bolsonaro não é confiável. Será que assim como o gen. Pazzuelo, aceitarão levar o escorpião Bolsonaro nas costas em um golpe? Se aceitarem, serão picados depois do autogolpe.

    2. Sim. O motivo da nomeação do Bazu foi matar mais de 500 mil brasileiros. Eles já conseguiram. Se não fosse o Dória, já estaríamos atingido o dobro desta meta!

  4. Pegaram o Pazu na mentira. Pior, pegaram o governo todo na mentira. Não produzir atas de reuniões formais é claramente mais uma prova de delinquência administrativa. Por fim, há umores de que o Terra era também considerado um marido paralelo dentro do governo. Eu ainda não entendi a razão, mas sempre onde há fumaça há fogo!

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