Planalto encomenda parecer sobre estado de sítio
O Palácio do Planalto encomendou a alguns ministérios parecer sobre um eventual decreto de estado de sítio em razão da pandemia do coronavírus. A Crusoé, auxiliares de Jair Bolsonaro (foto) ressaltaram que não há qualquer decisão tomada e que os estudos foram solicitados apenas para o governo se precaver e estar preparado para recorrer ao...
O Palácio do Planalto encomendou a alguns ministérios parecer sobre um eventual decreto de estado de sítio em razão da pandemia do coronavírus. A Crusoé, auxiliares de Jair Bolsonaro (foto) ressaltaram que não há qualquer decisão tomada e que os estudos foram solicitados apenas para o governo se precaver e estar preparado para recorrer ao instrumento caso a crise se agrave.
De acordo com fontes do Planalto, um eventual decreto seria proposto nos termos previstos na Constituição Federal. Ou seja, para propor a medida, o presidente precisará ouvir antes os conselhos da República e de Defesa Nacional, que são compostos por ministros, pelos presidentes da Câmara e do Senado e por líderes da maioria e da oposição nas duas casas.
A Constituição também estabelece que o decreto precisa ser aprovado pelo Congresso por maioria absoluta. O instrumento pode ser solicitado em dois casos: 1) comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; 2) declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
A pandemia da Covid-19, segundo fontes do Planalto, se encaixaria no primeiro caso. Nesse cenário, a Constituição prevê que o estado de sítio não poderá ser decretado por mais de 30 dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior. Além disso, o Congresso precisa indicar as normas necessárias de sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas durante o período.
A Constituição prevê que, em caso de estado de sítio, poderão ser adotadas pelo estado até sete medidas extremas que podem mexer com a rotina dos cidadãos e do país. Entre elas, a obrigação de permanência em um determinado local; a detenção em edifícios não destinados a esse fim; e restrições a direitos como inviolabilidade da correspondência e ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão.
Também passa a ser possível suspender a liberdade de reunião; permitir o direito de busca e apreensão em domicílios; a intervenção em empresas públicas; e a requisição de bens individuais pelo estado. Além de decidir quais dessas medidas poderão ser adotadas durante o período, o Congresso deve formar uma comissão de cinco parlamentares para fiscalizar sua execução.
Procurado oficialmente por Crusoé nesta sexta-feira, 20, o Planalto afirmou que não comentaria o assunto. Caso o presidente decida recorrer à medida e o Congresso a aprove, será a primeira vez que o estado de sítio será decretado desde a Constituição de 1988. No passado, o instrumento foi adotado por outros presidentes, mas sob regras das constituições vigentes à época.
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Comentários (10)
Basílio
2021-04-16 19:06:19Tem que sitiar ele e sua cambada de energúmenos!
HELIO
2020-03-22 18:42:47esse cara não assumiu o governo não governou já se candidata à reeleição como se ele tivesse sido eleito e assumido e agora está tentando um golpe de estado eu duvido que as forças armadas embarque nesta aventura
Claudio
2020-03-22 08:26:26É uma possibilidade que deve ser pensada.
Bel
2020-03-21 17:32:28Eu vi hoje o Marco Antonio Vila num audio no YouTube falando que Bolsonaro achava simples decretar o Estado de Sítio.
Júlio
2020-03-21 13:49:47Mais uma vidência de um jornalista sem juízo, cuja função é causar. Para atestar seu conhecimento e sabedoria, falta perguntar ao presidente por que não fechou a fronteira com o Chile.
MAURÍLIO43
2020-03-21 11:23:45O Boçalnaro exibe, a cada proposta, a sua índole autoritária, sua lógica primária e simplista. Questão de tempo, mas VDM.
Barros
2020-03-21 08:58:10Que as FAS assumam logo, e coloquem ordem nessa bagunça chamada Brasil. Comecem logo pelo fechamento do congresso e do essetêefe, que são instituições que nada fazem pelo desenvolvimento do País.
Luiz
2020-03-21 00:02:48Deus nos livre de mais um atentado à liberdade. Fruto da cabeça de militar retrógrado do atual presidente que governa para si e sua família.
Ademir
2020-03-20 22:06:01Até a desgraça tem um lado positivo. FFAA fechem tudo, parem a nação, calem todos os políticos, queima tudo e o Brasil recomeça após os escombros da devastação pelo codiv-19, um pouco mais saudável do que antes do surto.
Rodrigo
2020-03-20 18:56:02Isso deve ser obra da repartição comandada pelo anão... seja como for não passa fácil no Congresso.