Diálogo Interamericano

O que pensa Juan Gonzalez, escolhido de Biden para a América Latina

08.01.21 20:53

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta, 8, os integrantes do seu Conselho Nacional de Segurança. Para o cargo de diretor sênior para o Hemisfério Ocidental, que inclui a América Latina, ele nomeou o colombiano Juan Gonzalez (foto).

Gonzalez, que já ocupou o segundo cargo na diretoria do Hemisfério Ocidental no governo de Barack Obama e foi conselheiro especial de Joe Biden, se preocupa com o cumprimento das metas do Acordo de Paris. Em entrevistas, ele já disse que se importar com a questão climática será um pré-requisito para que os líderes da região desenvolvam uma boa relação com a Casa Branca. “Qualquer pessoa, no Brasil ou em qualquer outro lugar, que pensa que pode promover um relacionamento ambicioso com os Estados Unidos enquanto ignora questões importantes como mudança climática, democracia e direitos humanos claramente não tem ouvido Joe Biden durante a campanha“, disse.

Em um artigo publicado na revista Americas Quarterly antes da eleição de novembro, Gonzalez deu mostras de como a relação com a América Latina pode mudar após a saída de Trump. “A abordagem do atual governo para a América Latina é feita a partir de Miami e suas políticas só podem ser entendidas pelo prisma distorcido da política do sul da Flórida. Trump não pode vencer a reeleição sem a Flórida e sua administração pensa que pode capitalizar politicamente a raiva e o sofrimento dos eleitores cubanos e venezuelanos, sem se importar com o que acontece em seus países”, escreveu Gonzalez.

Na área de economia, o colombiano deve seguir um dos objetivos já traçados pelo governo de Donald Trump, que é o de tentar transferir para a região fábricas de empresas americanas que hoje estão na China. “Muitos dos fabricantes americanos preferem as cadeias de suprimentos que eles têm em países da América Latina“, disse ele ao jornal Financial Times. Gonzalez argumenta que, para melhorar a competitividade da região, é preciso “combater a corrupção, tornar o governo mais transparente, garantir uma coerência regulatória e investir em capital humano”.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. vixi o brazil está fora das premissas ou pré-requisitos para negociar com o norte, combate a corrupção, transparência, seriedade das instituiçôes, capaz até de a Venezuela, Cuba estarem melhores posicionadas.

  2. O Brasil e suas Relações Exteriores. Arruma intriga gratuita com a China, nosso maior parceiro comercial. Não tem influência internacional para usar o soft power e nem estatura militar para usar o hard power. Mas podemos deixar de importar produtos da China. Agravaria nossa inflação. Podemos parar de exportar. Aumentaria o desemprego Os chineses foram capazes de domesticar ratos para se alimentarem. Alguém tem dúvida que é um povo resiliente? Com a China, mais pragmatismo, menos ideologia.

    1. Paulo, se Bolsonaro insistir nessa loucura, aí não vejo mais como sustentá-lo na presidência.

    2. É mais. Os chineses podem comprar dos Estados Unidos TUDO que compram do Brasil

    3. Biden escolher Gonzalez é mais um sinal de como a relação do Brasil com os Estados Unidos pode ficar cada vez mais difícil. A insistência do Bolsoanro na fraude das eleições americanas é algo patético. O que o Brasil tem haver com a eleição americana? Deveríamos ter mantido uma posição de neutralidade, como fizeram os líderes dos outros países. Se Bolsonaro insistir na sua desastrosa política ambiental, podemos sofrer sanções dos USA e de europeus. China, USA, Europa ao mesmo tempo. É um louco.

  3. Calhordas, como agora ficou provado, escancaradamente, pelo Trump, precisam ser derrubados ANTES que cometam atrocidades. Quanto mais tempo ficarem no poder, mais absurdos - alguns até irreversíveis - tais sociopatas cometerão,

  4. Espero que o governo Biden cumpra o compromisso de cuidar do meio ambiente e faça todas as pressões econômicas contra governos que não cuidam do meio ambiente e contra governantes corruptos. Só assim o Brasil terá oportunidade de desenvolver.

  5. Há décadas, os EUA vêm tendo vários tipos de problemas com a China com relação às fábricas americanas instaladas lá. Essa resolução de trazê-las pra América latina é uma oportunidade de ouro pro Brasil! Contudo, alguém tem dúvidas de que Bolsonaro, Ernesto e o Salles vão botar tudo a perder? Nossa economia precisa de um impeachment pra ontem!!!!

    1. Sim Suzane mas depende de nós como das outras vezes. Para isso temos de modernizar a nação , adotar códigos e leis modernas e atuais. Por ex., com essa CLT ninguém vem. Liberdade de empreender e facilidades por parte do setor público qdo se trata de normas, regulamentações e os tais dos alvarás. Em suma a ideia liberal deve prevalecer. Menos Estado mais cidadão. Depende só de nós como das outras vezes q não aproveitamos.

  6. O Jair “ama” o Trump, aquele ídolo extremista, autoritário, prepotente, sisudo e egocêntrico de cabelo Laranja que tomou um oportuno “pé na bunda” dos eleitores e delegados dos USA. Com Biden no Poder, o Jair e sua trupe das Relações Exteriores e do Meio Ambiente com Mourão incluído terão que respeitar a democracia e negociar considerando os interesses dos USA no Ocidente. Veremos até onde o Jair e os bolsolavistas serão capazes de “esticar a corda” ou bater continência.

    1. Vai virar pangaré pulguento do Biden! Cavalga nele Biden! Chicoteia ele Biden!

Mais notícias
Assine agora
TOPO