O que o discurso em Davos diz sobre Milei
O discurso do presidente da Argentina, Javier Milei (foto), no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, mostra que o mandatário mantém um vício de desde antes de sua eleição. A adoração de Milei por uma teoria econômica, o libertarianismo, o distrai de sua função como chefe de Estado. Um discurso, como qualquer ato, é resultado...
O discurso do presidente da Argentina, Javier Milei (foto), no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, mostra que o mandatário mantém um vício de desde antes de sua eleição.
A adoração de Milei por uma teoria econômica, o libertarianismo, o distrai de sua função como chefe de Estado.
Um discurso, como qualquer ato, é resultado de escolhas. Neste caso, o que dizer e o que não.
O que Milei disse em Davos?
O presidente argentino usou seus cerca de 23 minutos no palanque máximo de Davos para fazer uma ode ao capitalismo de livre-mercado.
Claro, o presidente argentino está certo em dizer que o capitalismo gera riqueza e que todo o mundo se enriqueceu e vive melhor desde a Revolução Industrial.
As declarações de efeito de Milei repercutiram nas redes sociais, impulsionadas por publicações pessoais do proprietário do X, antigo Twitter, o bilionário Elon Musk.
O que Milei não disse em Davos?
Ainda assim, os elogios e a discussão se centraram em temas abstratos, e não em políticas concretas.
O fato é que, no palanque de Davos, Milei não apresentou nenhuma medida econômica já implementada ou em planejamento de seu governo para colocar a economia argentina nos trilhos.
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Não houve nenhuma menção à Argentina de Milei, apenas à decadência do país, que data, segundo o mandatário, de desde o início do século 20.
O que Milei fez em Davos?
A participação de Milei no evento na Suíça não se limitou ao seu discurso.
Ele também teve algumas reuniões bilaterais, a mais importante delas com a diretora-executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
Essa foi o primeiro encontro em pessoa entre Milei e Georgieva.
“Muito boa reunião com o presidente da Argentina Javier Milei”, publicou a diretora-executiva do FMI no X, rede social anteriormente conhecida como Twitter.
“Falamos sobre os profundos desafios económicos e sociais da Argentina e sobre as medidas decisivas que estão a ser tomadas para reduzir a inflação, promover o crescimento liderado pelo setor privado e usar o escasso dinheiro público para ajudar as pessoas mais vulneráveis”, acrescentou.
Georgieva já havia elogiado publicamente anúncios econômicos do governo Milei em dezembro.
O que importa?
A relação entre a Argentina e o FMI é o melhor espelho do país para o mercado internacional.
Isso não se deve pelo tamanho da dívida — o montante não equivale nem a 10% da dívida pública argentina.
O motivo é a credibilidade da Argentina para investimentos internacionais, que é baseada em políticas de liberalização do mercado, e não em discursos abstratos.
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Comentários (2)
Sônia Adonis Fioravanti
2024-01-20 13:40:46Mas pelo menos está com 9 ministérios e não 38 e viaja em avião comum e não gastando milhões no aero lula ,que já já vai ser substituído ,pois não agrada a deslumbrada
ANDRÉ MIGUEL FEGYVERES
2024-01-18 21:55:35Boa sorte Milei, você já é um exemplo >0 para os populistas de plantão, todos esquerdistas, <0, corruptos e incompetentes, cujo pseudo líder o nazilulista (como diz Diogo Mainardi) Lula da Silva já poderia pensar em mudar seu comportamento de vanguardista do atraso.