O janeiro sangrento em Salvador
Janeiro se encerra hoje como um mês sangrento em Salvador e na região metropolitana da capital baiana. Até esta terça-feira, 30, 100 pessoas haviam sido mortas em 144 tiroteios na região. As informações foram compiladas pelo Instituto Fogo Cruzado, que mapeia os tiroteios em capitais brasileiras, e reproduzidas pelo jornal local Correio24horas. O número já é...
Janeiro se encerra hoje como um mês sangrento em Salvador e na região metropolitana da capital baiana. Até esta terça-feira, 30, 100 pessoas haviam sido mortas em 144 tiroteios na região.
As informações foram compiladas pelo Instituto Fogo Cruzado, que mapeia os tiroteios em capitais brasileiras, e reproduzidas pelo jornal local Correio24horas.
O número já é 35% mais alto do que o mesmo mês de 2023 — o primeiro de Jerônimo Rodrigues (PT) à frente do governo e da segurança pública estadual. Naquele primeiro mês do ano passado, já havia sido registradas 74 mortes na mesma região.
O número de baleados também aumentou 61%, e chegou a 137 atingidos, de acordo com o instituto. A maior parte dos mortos (71% deles) está em Salvador, sendo seguidos por Camaçari (nove mortes) e Dias D'Ávila (seis mortes). Outras seis cidades registraram as outras 14 vítimas fatais.
Apesar o alto número, nem todas elas envolveram casos de abordagem policial — 31 das 100 mortes tiveram a abordagem das forças.
O recrudescimento das mortes em Salvador e seu entorno mostra que as políticas de segurança pública adotadas pelo PT desde que chegou ao poder estadual, em 2007, levaram a Bahia à condição de estado mais violento do país, por anos seguidos.
Além disso, os seguidos pacotes de segurança lançados pelo Ministério da Justiça de Flávio Dino não indicaram nenhum efeito na violência endêmica de Salvador e cidades no Recôncavo baiano. Hoje, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, as quatro cidades mais violentas do país estão na Bahia — pela ordem: Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Camaçari.
A solução do governo de Jerônimo Rodrigues para a crise de violência no estado é a aposta em um decreto que irá proibir as pistolas d'água no carnaval. A medida —apresentada para coibir atitudes consideradas machistas e misóginas durante os festejos— parece até uma piada de mau gosto com os números da violência no estado.
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Comentários (2)
100413CAIO02
2024-01-31 14:53:21Com a proibição da pistola d´agua tudo vai melhorar!
VASCONCELLOS
2024-01-31 12:19:02Agora vai. Com o fim das pistolas de água no carnaval, o PT resolverá a violência policial na Bahia. E as câmeras nos policiais baianos? Mas cadê a imprensa tradicional? Essa mudez diante dos fatos na Bahia escancara a ideia de que a imprensa tradicional esta completamente comprada pelo PT. Aliás, cadê a Mariele, depois das denúncias comprometedoras para o PT?