Em apuros para as eleições, governo argentino congela preços de 1.247 produtos
O secretário de Comércio da Argentina, Roberto Feletti (foto), anunciou nesta quarta, 13, o congelamento de preços de 1.247 produtos de "consumo massivo". Os valores não poderão ser reajustados até o dia 7 de janeiro — prazo que abarca as eleições legislativas de 14 novembro. O objetivo é conter a inflação, que segundo as previsões...
O secretário de Comércio da Argentina, Roberto Feletti (foto), anunciou nesta quarta, 13, o congelamento de preços de 1.247 produtos de "consumo massivo". Os valores não poderão ser reajustados até o dia 7 de janeiro — prazo que abarca as eleições legislativas de 14 novembro.
O objetivo é conter a inflação, que segundo as previsões do governo ficará em 45% este ano. Mas o congelamento de preços nunca se mostrou eficiente nesse ponto. Geralmente propagandeados como sendo um "acordo" com empresas e supermercados, a medida sempre acabou com prateleiras vazias ou produtos vendidos com ágio.
A dúvida é se o congelamento poderá melhorar o desempenho dos candidatos oficialistas na eleição legislativa. Nas primárias, que ocorreram em setembro, os governistas só conseguiram 32% dos votos, enquanto a oposição ficou com 41%.
Para o consultor argentino Cristian Solmoirago, o congelamento não apenas não beneficiará o governo, como poderá ter o efeito inverno. "O congelamento de preços nunca teve um efeito eleitoral na Argentina. Mais do que isso, essa pode ser uma medida contraproducente. Se o eleitor for ao supermercado achando que os preços estão mesmo congelados, ele poderá ficar desapontado ao notar um aumento nas gôndolas", diz Solmoirago.
O pesquisador Gustavo Córdoba, da consultoria Zuban Córdoba, também acha que o impacto não será grande. "É muito difícil que o congelamento tenha uma repercussão imediata. O desencanto generalizado entre os argentinos tem a ver com a economia, mas está mais ligado à falta de liderança e de credibilidade do presidente Alberto Fernández", diz Córdoba. "É possível até que a diferença a favor da oposição aumente."
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Comentários (7)
Eugenio
2021-10-14 22:06:50Lá estupidez como método.
Ferreira
2021-10-14 21:40:33Teorias de formação de preços vicejam por aí. Adam smith pensou ver no mercado o poder solucionador da mão invisível. Marx enxergou na mais-valia (o lucro apropriado pelo capitalista) o grande diferencial da formação de preços e de injustiças; outros, apontam a baixa produtividade como a questão a ser resolvida; sei lá, entende?!?! Tabelar é quase sempre um tiro no pé. Um perigo para as relações de troca. O fator “China compra tudo” e desequilibra muito...
Juerg
2021-10-14 21:02:04Esses caras nunca aprendem nada! A história se repete sem parar! Até quando querem bater a cabeça na parede???
MARCOS
2021-10-14 19:45:35CADA POVO TEM OS GOVERNANTES QUE MERECEM.
Odete6
2021-10-14 19:03:28É a América Latina praticando seu esporte preferido: "andar em círculos"! 🤨🤨🤨🤨🤨
Marcello
2021-10-14 18:40:23Vai dar "certo"! Vai fundo, hermano! Essas tranqueiras populistas são uma praga na América Latrina, tem para todo o gosto!
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2021-10-14 18:25:18duas coisas acontecerão . desabastecimento e ressurreição do Sarney kkkkkk.