Na busca por influência global, Erdogan se aproxima de grupos terroristas
O presidente turco, Recep Tayyp Erdogan (foto), é um dos governantes que mais tem buscado projetar seu poder fora de suas fronteiras atualmente. No ano passado, ele enviou tropas e blindados para a Síria durante a Operação Primavera da Paz. Em janeiro, ele se meteu em conflitos na Líbia. Mais tarde, mandou caças em socorro ao...
O presidente turco, Recep Tayyp Erdogan (foto), é um dos governantes que mais tem buscado projetar seu poder fora de suas fronteiras atualmente.
No ano passado, ele enviou tropas e blindados para a Síria durante a Operação Primavera da Paz. Em janeiro, ele se meteu em conflitos na Líbia. Mais tarde, mandou caças em socorro ao Azerbaijão na disputa contra a Armênia na região de Nagorno Karabakh. Em novembro, Erdogan visitou o norte da ilha de Chipre, onde seus militares dizem defender a população de etnia turca.
Erdogan afirma que está agindo em defesa dos muçulmanos e dos que são explorados por outros países. Com isso, ele tem acumulado capital político dentro e fora de seu país. Na Palestina e na Jordânia, 75% da população dizem concordar com as políticas do presidente turco.
Mas Erdogan também tem se aproximado de grupos terroristas. Com ações militares em vários países, a Turquia começou a usar a conturbada Síria como um celeiro de soldados. Militares turcos têm ajudado grupos na província de Idlib, no noroeste da Síria. Entre eles estão os jihadistas do grupo Hayat Tahrir al-Sham, considerado um braço da Al Qaeda. Alguns de seus membros foram enviados para Nagorno Karabakh e outros para a Líbia. "O interessante é ver um membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que em princípio deveria lutar contra o Estado Islâmico, fazendo alianças com os terroristas para apoiar a ambição turca de recuperar um pouco da aura do Império Otomano e obter acesso a campos de gás no Mediterrâneo Oriental", diz o cientista político israelense Ely Karmon, especialista em terrorismo e pesquisador no Instituto Internacional de Contraterrorismo em Herzlyia, Israel.
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Comentários (4)
Glauco
2020-11-30 23:36:28Ele sabe “jogar o jogo” daquele país. Aposentou os generais antigos, encheu de apaniguados, mistura suposta religião com exército. Com isso evitou o golpe que era óbvio e conseguiu se estabelecer como um ditador populista. Não é improvável que vire uma híbrido de Irã-Iraque.
Magda
2020-11-30 21:10:45Mas vive enchendo o saco da Unidade Européia querendo fazer parte dela. Na verdade é só para ter acesso ao dinheiro que os membros obtêm. Ditadorzinho vagabundo, mal intencionado e corrupto igual a muitos que conhecemos muito bem.
Ivanilson
2020-11-30 14:11:55Isso já era esperado. Os atuais analistas internacionais estão altamente desinformados, ou fazem que não sabem.
MARCOS
2020-11-30 12:18:39Expulsem a turquia da OTAN.