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MP aponta superfaturamento de R$ 33,5 milhões em testes de Covid-19

02.07.20 10:47

Investigações realizadas durante a Operação Falso Negativo, deflagrada nesta quinta-feira, 2, pelo Ministério Público do Distrito Federal, apontam que a Secretaria de Saúde da capital recebeu testes de Covid-19 de marcas diferentes das previstas em contrato.

No processo de dispensa de licitação, fornecedores ofereceram um tipo de teste diferente do efetivamente entregue ao Governo do Distrito Federal. Segundo o MP, a Secretaria de Saúde autorizou o procedimento ilegal.

O governo comprou testes do tipo IgM/IgG por valores entre 73 e 187 reais. O Ministério da Saúde negociou os mesmos produtos por 52 reais. A empresa Medlevensohn ofereceu o produto à Secretaria do Distrito Federal por 109 reais. A mesma fornecedora negociou os testes por 88 reais com o governo federal. 

Com base nos valores praticados pelo Ministério da Saúde, o sobrepreço supera 33,5 milhões de reais. Ao todo, são cumpridos 81 mandados de busca e apreensão na capital federal e em sete estados.

O trabalho é comandado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e tem apoio de promotores de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina, Bahia, Espírito Santo e Paraná.

Em nota, a empresa Medlevensohn disse que “rechaça integralmente a suspeita de superfaturamento e informa que sequer vendeu testes rápidos de Covid-19 à Secretaria do Estado de Saúde do DF, tendo apenas entregue uma proposta no intuito de atender a um pedido de cotação para fornecimento do produto”.

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