Foto: Reprodução, redes sociais

Milei nomeia a Procuradoria-Geral um juiz com passado em grupo neonazi

02.12.23 06:00

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei (foto), causou controvérsia ao antecipar a nomeação de Rodolfo Barra como procurador-geral nesta sexta-feira, 1º de dezembro.

Barra, um jurista de 75 anos, fez parte de um grupo neonazista na juventude e chegou a atacar uma sinagoga.

A partir de 10 de dezembro, Barra ocupará o cargo de Procurador-Geral da Fazenda Nacional, que é responsável por prestar assessoria jurídica ao Estado e defendê-lo em julgamentos.

Ele deve ser o responsável por proteger legalmente os eventuais pacotes de reformas econômicas planejado por Milei.

Barra já foi juiz do Supremo Tribunal e Ministro da Justiça durante a presidência de Carlos Menem, entre os anos de 1989 e 1999, ídolo liberal de Milei. Barra assessorou o plano de privatização de empresas naquele período.

No entanto, em 1996, Barra renunciou ao cargo de ministro após a imprensa revelar seu envolvimento com o Movimento Nacionalista Tacuara, um grupo neonazista argentino. Além disso, foram encontradas fotos em que Barra fazia a saudação nazista.

Essa nomeação foi alvo de críticas do Fórum Argentino Contra o Antissemitismo (Faca), que afirmou que “um novo governo não pode acolher em suas fileiras indivíduos que professam o antissemitismo ou qualquer forma de expressão de ódio”.

Até o momento, Barra não se pronunciou sobre o assunto.

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  1. Milei não começou nada bem com essa indicação. E neonazismo sempre foi um problema para a Argentina. Imagine nessa atual conjuntura de tensão extrema entre Israel e Hamas.

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