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Luis Moreno Ocampo fala em genocídio em Nagorno-Karabakh

02.10.23 18:49

O procurador argentino Luis Moreno Ocampo, que teve papel destacado no julgamento da junta militar argentina e foi um dos fundadores do Tribunal Penal Internacional, afirmou em entrevista ao canal Al Jazeera que o cerco aos habitantes de etnia armênia no enclave de Nagorno-Karabakh pode ser considerado um genocídio.

A descrição legal é de genocídio. Isso é um genocídio”, disse Ocampo. “Há diferentes formas de cometer um genocídio. Trata-se de um crime, definido por uma convenção. Há cinco formas de se cometer um genocídio. O que nós vimos foi um um acontecimento radical em dezembro, em que se criaram as condições para se destruir um grupo. Isso aconteceu quando o Azerbaijão bloqueou o Corredor de Lachin, impedindo o tráfego de comida e todas as coisas essenciais para se viver no enclave“, afirmou Ocampo.

Depois de nove meses de cerco, as Forças Armadas do Azerbaijão renderam os separatistas de etnia armênia e obrigaram o governo do enclave a declarar o seu fim na virada do ano.

Com medo de uma limpeza étnica, mais de 100 mil dos 120 mil habitantes de etnia armênia que viviam no enclave de Nagorno-Karabakh abandonaram o local e se refugiaram na vizinha Armênia.

Nesta segunda, 2, ocorreram escaramuças na fronteira entre a Armênia e o Azerbaijão, que podem levar a uma nova guerra no Cáucaso. Um soldado foi morto e dois ficaram feridos.

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