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Antissemitismo na USP: “Palestina livre do rio ao mar”

08.05.24 12:08

Um pequeno acampamento no vão do Departamento de História e Geografia da Universidade de São Paulo (USP) autointitula-se o “primeiro acampamento no Brasil em apoio à Palestina“.

O grupo imita os protestos vistos desde abril em dezenas de universidades americanas com pedidos de cessar-fogo e declarações antissemitas. Uma das faixas mais vistosas afirma “Palestina livre do rio ao mar” (foto).

Essa frase já era ouvida antes da guerra atual contra o Hamas, mas com muito menos intensidade e frequência“, diz Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Fisesp. “A partir do momento em que alguém fala que a Palestina deve ser livre do rio Jordão ao Mar Mediterrâneo, o que essa pessoa está dizendo é que é preciso ficar livre de alguém, de outro povo, que no caso é o povo israelense. Em outras palavras, é tirar, varrer Israel do mapa. Então essa é uma maneira de deslegitimar a existência do estado de Israel. É claramente uma frase antissemita.”

 

Jovem judeu foi hostilizado

O acampamento foi organizado pelo coletivo Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP). Em suas redes sociais, a Frente Palestina em São Paulo chamou a organização de “intifada nas universidades“.

Apesar da tentativa de imitar as ocupações vistas em universidades como Columbia, em Nova York, e na UCLA na Califórnia, a mobilização na USP é pequena, não passando de 32 barracas na manhã desta quarta-feira, 8, segundo dia de atividades.

Durante a montagem do local, alunos com bandeiras de movimentos políticos e camisetas vermelhas hostilizaram um aluno judeu. A cena foi gravada em vídeo (abaixo).

 

 

A maior parte das barracas amanheceu nesta quarta decorada com bandeiras de coletivos socialistas e comunistas.

Há também três gigantescas bandeiras da Palestina — uma delas, com os símbolos da União Nacional dos Estudantes (UNE) e de seu braço paulista (UEE).

 

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Os estudantes fizeram um abaixo-assinado exigindo que a USP, as demais universidades brasileiras e o governo brasileiro rompam relações com o Estado de Israel.

Situações como essa reforçam um fato: a guerra entre Israel e o Hamas avançou territórios, não com a presença de soldados, mas sim com a invasão de narrativas agressivas, cheias de ódio e sem fundamento histórico que estão ganhando corpo em locais muito além das fronteiras entre Israel e Gaza. Espaços que são ambientes de debates e criação de massa crítica de pensamento acabaram se tornando polos para a disseminação de mensagens antissemitas“, diz Knobel, da Fisesp.

 

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Pelos cartazes, é possível constatar também que falta raciocínio lógico e senso de realidade para os estudantes do acampamento.

Em um dos cartazes, lê-se: “É a conciliação de Lula que fortalece Tarcísio (de Freitas, o governador de São Paulo) e a direita“.

 

Assista a um trecho do podcast Latitude em que Marcos Knobel, da Fisesp, explica a origem do antissemitismo nas universidades americanas:

 

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  1. A ignorância colocou Lula no poder, mas o sofrido povo brasileiro não confia mais nele pois a miséria, a corrupção e a violência grassam em nosso país. Hitler o nazista por excelência, o maior antissemita da História, levou o mundo à desgraça, e foi derrotado pelas forças do bem. Lula, admirador declarado do derrotado Hitler, demonstrou em declarações, inclusive agora em 2024, sua postura antissemita e antisionista. Assim ignorantes motivados surgem como vermes dos cadáveres nazistas.

  2. Estes alunos devem explicações à sociedade que paga pelos seus cursos. Deveriam estar estudando e não fazendo protestos com recursos que lhes são concedidos pela sociedade. A reitoria da USP não pode ficar omissa! Chega de antissemitismo

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