Líder separatista da Catalunha deixou Espanha, diz aliado
O líder separatista catalão Carles Puigdemont (foto) já teria deixado a Espanha, após discursar em Barcelona na quinta-feira, 8 de agosto, em seu primeiro retorno ao país em sete anos. "Ele está voltando a Waterloo", disse Jordi Turull, secretário-geral do partido de Puigdemont, o Juntos pela Catalunha (JxCAT), em entrevista à rádio catalã Rac1 na...
O líder separatista catalão Carles Puigdemont (foto) já teria deixado a Espanha, após discursar em Barcelona na quinta-feira, 8 de agosto, em seu primeiro retorno ao país em sete anos.
"Ele está voltando a Waterloo", disse Jordi Turull, secretário-geral do partido de Puigdemont, o Juntos pela Catalunha (JxCAT), em entrevista à rádio catalã Rac1 na sexta-feira, 9.
Turull se refere à cidade portuária na Bélgica onde o líder separatista passou a maior parte de seus sete anos em exílio — Puigdemont responde a acusações de sedição, dentre outras, pelo referendo de independência catalã de 2017.
O delegado-chefe da polícia catalã, Eduard Sallent, entretanto, afirmou não descartar a hipótese de que o líder separatista tenha permanecido em Barcelona.
"Não descarto que ainda esteja em Barcelona. Até que tenhamos provas de que está fora de nossa jurisdição... continuaremos procurando", disse.
Discurso e fuga
O líder separatista catalão Carles Puigdemont retornou de sete anos de exílio e discursou em um ato em Barcelona, na Espanha, nesta quinta-feira, 8 de agosto, apesar do mandado de prisão em seu nome.
"Eles pensaram que estariam comemorando minha prisão e pensaram que essa punição faria com que nós dissuadíssemos, e vocês. Bem, eles estão errados", disse Puigdemont.
"Ainda aqui estamos porque não temos direito a renunciar", acrescentou, em referência a uma eventual independência catalã. Hoje, a Catalunha é uma comunidade autônoma, uma região com certa autonomia do Reino da Espanha.
Após discursar, Puigdemont saiu do palco sem mais ser alcançado pela polícia espanhola nem pela imprensa.
O separatista responde a acusações de rebelião e sedição, desobediência e peculato por ter liderado o referendo de independência catalã de 2017.
Puigdemont era presidente da comunidade autônoma da Catalunha. Desde então, o líder separatista catalão se exilou na Bélgica.
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No final de maio, o Congresso da Espanha aprovou uma lei de anistia para todos os crimes relacionados à tentativa de independência catalã de 2017, exceto crimes de terrorismo e de enriquecimento ilícito.
A legislação, entretanto, delegava ao Judiciário definir quem seria beneficiado pela anistia.
No início de julho, o Tribunal Supremo da Espanha rejeitou conferir anistia a Puigdemont por suposto enriquecimento ilícito.
O ministro Pablo Llarena afirmou em seu voto que Puigdemont e outros separatistas catalães “aprovaram as suas despesas à Administração Autónoma, sem que a iniciativa respondesse à satisfação de qualquer interesse público. E fê-lo aproveitando as suas responsabilidades no governo da Catalunha, não para enriquecer outras pessoas, mas para não ter de fazer face aos custos inerentes às suas iniciativas pessoais, uma vez que o Tribunal Constitucional declarou nulas e sem efeito as disposições orçamentais para o referendo".
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