Libertários se fortalecem para as eleições primárias da Argentina
Candidatos libertários, que defendem um estado mínimo e a redução de impostos, devem conseguir uma boa votação nas eleições primárias da Argentina, marcadas para 12 de setembro. Essas eleições, criadas para definir quais serão os candidatos de cada partido, permitem saber de antemão qual é a força eleitoral de cada um para o pleito geral, que ocorrerá...
Candidatos libertários, que defendem um estado mínimo e a redução de impostos, devem conseguir uma boa votação nas eleições primárias da Argentina, marcadas para 12 de setembro. Essas eleições, criadas para definir quais serão os candidatos de cada partido, permitem saber de antemão qual é a força eleitoral de cada um para o pleito geral, que ocorrerá em novembro.
Segundo a consultoria Management y Fit, o candidato a deputado Javier Milei (foto) tem 9,2% das intenções de voto na cidade de Buenos Aires. Entre os eleitores com menos de 40 anos, ele chega a 18%. Com apoio de quase um em cada cinco jovens portenhos, sua vaga no Congresso é dada como certa.
Na província de Buenos Aires, que abarca outras cidades, José Luis Espert tem 6,7% das intenções de voto, chegando a 10% entre os eleitores com menos de 40 anos.
"Os argentinos que dizem votar nos libertários têm um interesse maior em política e estão mais dispostos a sair para votar, mesmo na pandemia, o que deverá favorecer esses candidatos", diz a pesquisadora Rosario Criscuolo, da Management y Fit.
Milei e Espert são economistas que assumiram suas posturas políticas recentemente. Nas entrevistas, Milei afirma que “os três direitos básicos são a vida, a liberdade e a propriedade”. Ele é contra o aborto e apoia o porte de armas. Por outro lado, é a favor do casamento gay e da legalização das drogas.
"Milei só começou a falar de temas de fora da área econômica agora. É por isso que ele não parece confortável com eles. Provavelmente, ele nem sequer tinha meditado sobre esses assuntos", diz o cientista político argentino Julio Burdman, professor na Universidade de Buenos Aires.
Entre as propostas de Milei na economia está o fim do Banco Central para, segundo ele, que essa instituição "não possa salvar os bancos". Já Espert fala em acabar com o protecionismo comercial, em eliminar a tarifa externa comum no Mercosul e em permitir que seus membros celebrem tratados de livre comércio com outros países. Também promete acabar com a capacidade de extorsão dos sindicatos, por meio de greves gerais, e reforçar a responsabilidade fiscal.
A previsão das pesquisas para a eleição geral da Argentina, de novembro, é a de que o oficialismo obterá uma ligeira vantagem sobre a coalizão de oposição Juntos pela Mudança, do ex-presidente Mauricio Macri. Com isso, os peronistas devem conseguir a maioria na Câmara dos Deputados e no Senado. "Há uma competição muito forte entre os movimentos libertários e o Juntos pela Mudança, principalmente na província de Buenos Aires e na capital", diz o pesquisador argentino Gustavo Córdoba, diretor do instituto Zuban Córdoba. "Tudo que os libertários conseguem crescer é em detrimento do Juntos pela Mudança, o que acaba sendo interessante ao governo."
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Comentários (4)
maria s.q.escoda
2021-09-05 15:40:48Por casamento, sou cidada argentina. Vejo que os 2 casos lá e cá são de doença incurável. Peroni ismo x Macriradicalismo são polos equivalentes ao lulismo x bolsonarismo. Desastre de atrazo político. Detalhe, PERÓN NÃO FOI CORRUPTO e foi essencial a seu tempo. Peronismo e lulismo se corrompeeram e são, politico econômico e socialmente ultrapassados.
Jose
2021-09-05 08:11:58O que a sociedade deveria buscar é um estado eficiente, que use o dinheiro dos impostos para gerar benefícios para a população. Nem sempre ele é mínimo. Na Dinamarca, por exemplo, que possui alta qualidade de vida, o estado não é mínimo, mas sim eficiente. Há muitos funcionários públicos, mas todos trabalhando na escala local prestando serviços para a população e não fazendo corrupção na capital da nação. Os países latinos possuem um estado grande e ineficiente. Sendo o nível federal o pior.
Ferreira
2021-09-05 07:32:25Eesse argentino quer um “estado-mínimo”(coisa devidiotas), libertário (outra piada) e demarquista (outra bobagem). O FMI fez isso aqui muitos anos; a criação da Secretaria de controle de estatais, impondo reduç
PAULO
2021-09-04 20:21:31O Brasil na próxima eleição tem que debater, senão um Estado mínimo, pelo menos um Estado eficiente. Por que temos mais de 500 deputados federais e mais de 80 senadores? Por que temos um exército de assessores, que servem, como ficou evidenciado nas rachadinhas dos Bolsonaros, para alimentar à corrupção. Temos que ter pautas, que vão de encontro as demandas do senhor povo. Fundo eleitoral, blindagem da corrupção, mais ministérios... Tudo isso serve o senhor político. Moro 2022 🇧🇷