Governo prevê privatização de Eletrobras e Correios no fim de 2021
A equipe econômica do governo federal informou na tarde desta quarta-feira, 2, que prevê a privatização da Eletrobras e dos Correios no quarto trimestre de 2021, às vésperas do último ano de gestão Jair Bolsonaro. O cronograma foi divulgado após reunião do Programa de Parceria de Investimento, PPI, braço da equipe de Paulo Guedes responsável...
A equipe econômica do governo federal informou na tarde desta quarta-feira, 2, que prevê a privatização da Eletrobras e dos Correios no quarto trimestre de 2021, às vésperas do último ano de gestão Jair Bolsonaro.
O cronograma foi divulgado após reunião do Programa de Parceria de Investimento, PPI, braço da equipe de Paulo Guedes responsável pelas concessões e privatizações.
As desestatizações, entretanto, dependem do aval do Congresso Nacional. A proposta da Eletrobras está parada na Câmara e a dos Correios nem sequer chegou às mãos dos parlamentares.
Questionada sobre a confiança quanto à aprovação da desestatização da Eletrobras, sobretudo após o apagão no Amapá, cuja rede de energia elétrica está nas mãos de uma empresa privada, a secretária especial do PPI, Martha Seillier, disse acreditar que o governo vencerá a resistência de congressistas.
"A empresa tem dificuldades em realizar novos investimentos por ser controlada pela União. Os últimos leilões de geração e transmissão [de energia] não tiveram a participação da Eletrobras, que é uma gigante. O objetivo de privatização é tornar essa gigante ainda maior. Voltar a capitalizá-la, permitir que faça investimentos, que volte a participar dos leilões. Não abriremos mão desse objetivo e não achamos que, em nada, conflita com o que ocorreu no Amapá. Pelo contrário. No projeto de lei da Eletrobras, há previsão de recursos especificamente para a modernização do parque de energia do Norte", discursou.
Seillier adotou o mesmo tom ao falar dos Correios. "Em termos de cronograma, sim, nós precisamos do projeto [aprovado pelo Congresso] para efetivar o leilão, a parceria que vier a ser feita no âmbito dos Correios, mas nós ainda precisamos avançar nos estudos. Então, nós acreditamos que esses calendários correm de forma concomitante e que, no momento adequado, nós teremos a aprovação do Congresso para realizar essa oferta pública ou concretizar esse processo de desestatização até o fim do ano que vem", disse.
Ao todo, a carteira de 2021 prevê a negociação de 115 ativos. Além de nove empresas públicas, integram a lista terminais portuários, rodovias, ferrovias, aeroportos, parques nacionais e outros. O governo espera 367 bilhões de reais em investimentos.
"Nós realmente acreditamos na viabilidade dessa carteira, que de fato é gigantesca. Ela não é fruto de uma conquista de muito trabalho. Nós acreditamos que esses investimentos previstos para 2021 serão chave para a retomada da economia", afirmou a secretária.
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Comentários (8)
Max
2020-12-02 23:59:11Ao que parece a essa altura, essas esperadas privatizações da Eletrobrás e dos Correios não vão além de uma previsão sem compromisso, que dependerá do Congresso para se efetivar, buscando retirar desde já o peso da promessa de campanha não cumprida das costas do Executivo. Taoquei?
Velhinha de Taubaté
2020-12-02 22:26:05Se o governo já optou pela privatização, porque aguardar mais um ano e não dar logo andamento ao processo? Historinha mal contada...
Maria
2020-12-02 17:33:24Muito discurso e muia ineficiência. Caso aprovem alguma privatização, leilão só em 2022. Ou seja, mote para campanha. Espero que o povo não caia nessa armadilha.
Sergio
2020-12-02 16:49:12tô sentindo que os beneficiarios do Postalis vão se ferrar.
Roberto
2020-12-02 16:32:07Com esse Congresso dominado pelo lobby e com os picaretas no comando? Esquece.
Afonso
2020-12-02 16:18:11Vai esperando...
VARLICE
2020-12-02 15:02:12Sei. Aí a desculpa será a de que se não for reeleito não terá condições de implementar tais privatizações que, por razões x, y e z, não conseguiram ser finalizadas. Tá bão.
Giovani
2020-12-02 14:46:07Ao ler o título da matéria achei que era 1 de abril. Para o Ministério da Economia todo dia é dia de 1 de abril, poderiam até criar um nome para a politica econômica como por exemplo: primeiroabrilzão, vendedordesobnhos ou algo assim. Todo mês eles inventam uma privatização que prometeram 1 a 2 meses atrás e assim vai indo.