Agência Brasil

Delegado da PF que cobrava suborno em operações é denunciado

28.06.19 13:15

O Ministério Público Federal denunciou nesta semana seis pessoas que integravam uma organização criminosa que atuava na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro (foto) e outras cinco pessoas que praticaram crimes de corrupção ativa e passiva ligados ao esquema criminoso, investigado na operação Tergiversação. O grupo chantageava empresários para que não fossem investigados.

Entre os denunciados estão o delegado da Polícia Federal Lorenzo Martins Pompílio da Hora e o escrivão da PF Éverton da Costa Ribeiro. Os dois são acusados de corrupção passiva e de participação em organização criminosa. Um delegado da PF aposentado também foi acusado.

O esquema envolvia a cobrança de propina de empresários para evitar que fossem alvo de inquéritos no Núcleo de Repressão a Crimes Postais da Polícia Federal no Rio. Entre os alvos da extorsão, estavam pessoas e empresas relacionadas às operações Titanium, de fraudes envolvendo o plano de saúde dos Correios, e Viupostalis/Recomeço, de combate a irregularidades no Postalis, fundo de pensão da empresa.

As duas operações eram conduzidas por Lorenzo Pompílio da Hora, com o apoio do escrivão Ribeiro. Segundo o Ministério Público Federal, a soma das propinas cobradas ultrapassa o montante de 5 milhões de reais.

Durante as investigações, a Procuradoria da República celebrou acordos de colaboração premiada com alguns dos alvos dos pedidos de suborno, feitos pelos operadores Marcelo Guimarães e Rosalino Felizardo de Santana Neto, que atuavam em nome policiais. Os pagamentos, que variaram de 450 mil reais a 1,5 milhão de reais, eram feitos na maior parte das vezes em dinheiro. Em alguns casos, foram repassados por meio de transferências a empresas ligadas a Marcelo e Rosalino.

Foram denunciados também quatro empresários que aceitaram pagar a propina e mais dois integrantes da organização criminosa: Luís Henrique do Nascimento Almeida, que atuava na lavagem do dinheiro recebido pelo grupo, e João Alberto Magalhães Cordeiro Junior. Além de ter pago para não ser investigado na Titanium, Magalhães atuou como intermediário, abordando empresários para aderir ao esquema.

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  1. É esta polícia que vai descobrir os vazamentos da lava jato, a facada no presidente, a morte de Mariele? Vão ter que fazer muita limpeza ainda. A

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