Nelson Jr./SCO/STF

Delegado afastado por Moraes aponta ‘lacunas’ no inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF

01.09.21 21:21

O delegado Felipe Leal enviou nesta quarta-feira, 1º, um relatório ao ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, explicando os motivos das diligências que ele solicitou e resultaram em seu afastamento do inquérito que investiga a suposta interferência politica do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal para blindar a família e amigos.

O afastamento de Felipe Leal foi determinado na semana passada por Moraes, que solicitou ao diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, a indicação de um novo delegado para presidir o inquérito. Para o ministro, Leal adotou providências que “não estão no escopo da investigação”, iniciada após as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro em seu pedido de exoneração do governo Bolsonaro, em abril do ano passado.

No relatório enviado agora, Leal fundamenta os pedidos que havia feito ao STF para continuar a investigação e aponta cinco “lacunas investigativas” que ainda não foram equacionadas. Entre elas estão o uso da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, para “fins particulares” do senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente, e o afastamento do delegado Alexandre Saraiva da superintendência da PF no Amazonas após o pedido de investigação do ex-ministro Ricardo Salles por suposto envolvimento com extração ilegal de madeira da Amazônia.

No caso do uso da Abin para municiar a defesa de Flávio Bolsonaro na investigação sobre o esquema de rachid na Assembleia Legislativa do Rio, o delegado afirma que o episódio virou objeto de investigação a partir de uma petição feita pelos advogados de Sergio Moro. Já a exoneração de Alexandre Saraiva e a não promoção do delegado Franco Perazzoni, que investigaram Salles no Ministério do Meio Ambiente, foram amplamente noticiadas pela imprensa.

Leal aponta ainda como lacunas que precisam ser investigadas a exoneração da delegada Carla Patrícia Barros da Cunha da Superintendência da PF em Pernambuco e o episódio da não nomeação do delegado Rodrigo Moraes como corregedor-geral de inteligência da corporação. Para o delegado, investigar os fatos que sucederam a exoneração do ex-diretor da PF Maurício Valeixo e o consequente pedido de demissão de Moro é importante para concluir se Bolsonaro quis mesmo interferir na Polícia Federal para proteger familiares e aliados.

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  1. Quando um presidente além de incompetente é negacionista, homofóbico, TerraPlanista, armamentista, antidemocrático enfim fascista , ATÉ O UNIVERSO CONSPIRA CONTRA : Apagão , Pandemia, Sêca, , Crise Ambiental, etc etc . A natureza indignada reage !!!

  2. Precisa de muita investigação para detectar isso? PF, PGR, ABIN,GSI, tudo está trabalhando somente para os interesses particulares do clã e amigos. O Brasil não está na pauta do Genocida.

  3. O GENOCIDA INTERFERIU E CONTINUA INTERFERINDO ATÉ HOJE NA PF E ABIN, NÃO PRECISA DE TODO ESSE TEATRO BASTA ACOMPANHAR A TRAGÉDIA QUE ESTE IMBECIL TRANSFORMOU AS INSTITUIÇÕES DE ESTADO. MAS ACREDITO QUE ESTA 'CONTRA INTELIGÊNCIA' DEVERÁ SER DISCUTIDA E O MOTIVO APRESENTADO PELO DELEGADO ESTEJA INSERIDO NO OBJETO DA INVESTIGAÇÃO PQ ESSA INGERÊNCIA NUNCA DEIXOU DE OCORRER. ESPERO QUE O MINISTRO NÃO ESTEJA SENDO LUDIBRIADO E CONTINUE A SUA LINHA RACIOCÍNIO QUANTO AOS ATOS DO PALHAÇO ASSASSINO🚔⚔☠

  4. Esta do Ministro Moraes eu não entendi. Tudo tem que ser investigado. Sabemos muito bem que o Bolsonaro interviu na PF e na ABIN. Tem que ser investigado e provado.

    1. Vera Verão zurrando de novo. Na verdade a Vera é também conhecida como Nyco Penyco!

    2. Vera, inútil foi o seu comentário. A matéria é interessante sim, está noticiando um fato - as explicações do delegado afastado. Me parece estranho ter sido afastado.

    3. Que blá blá blá inútil e ridículo ! A Crusoé perdeu mesmo o rumo. O foco. O objetivo.

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