Coreia do Sul reprime ONGs de refugiados norte-coreanos
O Ministério da Unificação, que faz parte do governo da Coreia do Sul, iniciou uma campanha para intimidar 289 ONGs formadas por refugiados da Coreia do Norte. As organizações estão sendo ameaçadas de perderem suas licenças, as quais são necessárias para que elas possam receber deduções de impostos. A pressão governamental começou depois que Kim...
O Ministério da Unificação, que faz parte do governo da Coreia do Sul, iniciou uma campanha para intimidar 289 ONGs formadas por refugiados da Coreia do Norte. As organizações estão sendo ameaçadas de perderem suas licenças, as quais são necessárias para que elas possam receber deduções de impostos.
A pressão governamental começou depois que Kim Yo-jong, a irmã de Kim Jong-un, começou a criticar o envio de balões com panfletos (foto) contra a ditadura norte-coreana. Em julho, ela ordenou a explosão de um edifício onde os diplomatas dos dois países negociavam.
A repressão às ONGs tem preocupado o advogado argentino Tomás Ojea Quintana, responsável por temas ligados à Coreia do Norte no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. "Esses refugiados estão pedindo paz para o regime da Coreia do Norte, que tem cometido diversas violações de direitos humanos. Eles devem ser protegidos em vez de atacados", disse o argentino na sexta-feira, 28.
Segundo Quintana, essas ONGs são importantes porque ajudam as pessoas que escapam da ditadura e entram na China por terra. Elas também permitem obter informações sobre o que acontece na Coreia do Norte. "A Assembleia Nacional da Coreia do Sul deve avaliar essas políticas adotadas pelo governo. É preciso discutir até que ponto é justificável cercear o direito de livre de expressão dessas pessoas."
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Comentários (1)
José
2020-08-31 09:21:45Para que seria essa imensa quantidade de ONGs?