Adriano Machado/Crusoé

Ciro Nogueira também pediu devassa em dados de estados e municípios para municiar CPI

07.05.21 10:28

Senadores que integram a tropa de choque do governo na CPI da Covid aguardam com ansiedade a chegada de informações que foram requisitadas a governadores e prefeitos sobre os recursos federais utilizados no combate à pandemia.

O principal pedido é o de Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, que encomendou uma verdadeira devassa nas contas de estados e municípios. O requerimento de Ciro solicita “todas as notas de empenho, ordens bancárias, notas fiscais, de todos os processos administrativos de despesa relativos à aplicação de todos os recursos federais” às cidades com população superior a 200 mil habitantes.

O senador pediu, ainda,“os extratos e os documentos bancários de comprovação de todas os débitos e créditos ocorridos nas respectivas contas” das prefeituras. E estipulou um prazo de cinco dias.

O movimento está em sintonia com o esforço do Palácio do Planalto para tentar mudar o rumo da CPI. Como revelado por Crusoé com exclusividade na mais nova edição semanal, o governo usou a Abin para “compilar dados” sobre desvios e irregularidades cometidas por governadores e prefeitos com verba federal.

Diante da demanda, a prefeitura de Uberlândia, em Minas Gerais, se irritou com Ciro Nogueira. Em ofício ao Senado, a secretária de governo da cidade, Ana Paula Junqueira, reclamou que a entrega das informações solicitadas no prazo de cinco dias era “humanamente impossível”. Detalhe: Ana Paula foi candidata a deputada federal em 2018 pelo Progressistas de Ciro.

Na quinta-feira, 6, a pedido de Marcos Rogério, outro senador da tropa de choque governista, a CPI da Covid ampliou o prazo para dez dias.

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