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Chilenos voltam a debater morte de Neruda

20.02.24 17:15

O poeta e ex-senador chileno Pablo Neruda (foto) morreu de câncer de próstata em 23 de setembro de 1973, mas seu sobrinho, Rodolfo Reyes, tenta retomar um debate antigo sobre a morte.

A pedido de Reyes, a Primeira Turma da Corte de Apelações de Santiago determinou a reabertura do inquérito sobre a morte de Neruda nesta terça-feira, 20 de fevereiro.

O sobrinho do poeta alegou em fevereiro de 2023 que um painel internacional de cientistas concluiu que a morte se deu por envenenamento.

O argumento é de que Neruda teria sido assassinado pela ditadura de Augusto Pinochet, inaugurada 12 dias antes da morte.

Entretanto, o relatório final do painel, baseado na presença de uma bactéria no corpo do poeta, foi inconclusivo e precisou ser adiado na ocasião.

No atestado de óbito oficial, a causa da morte de Neruda consta como câncer de próstata.

Duas investigações anteriores pela Justiça chilena resultaram na revalidação do atestado em 2013.

Com a reabertura do inquérito, o caso volta às mãos da juíza Paola Plaza, que já havia concluído que Neruda falecera de câncer.

Caso Allende

O caso de Neruda é semelhante ao da morte do ex-presidente Salvador Allende, deposto pelo golpe de Pinochet.

Após anos de investigação oficial, a Suprema Corte determinou o encerramento do inquérito com conclusão favorável à versão oficial, segundo a qual ele se suicidou em La Moneda, sede da Presidência, durante o golpe.

A outra versão afirmava que ele teria sido executado pelos militares no cerco.

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