Caso Covaxin: MPF faz pedido de cooperação à Índia e fala em suspeita de corrupção
A Procuradoria da República no Distrito Federal fez um pedido de cooperação jurídica internacional à Índia na investigação sobre irregularidades na compra pelo Ministério da Saúde de 20 milhões de doses da Covaxin, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório Bharat Biotech, que tem a Precisa Medicamentos como intermediária no Brasil. No documento, o Ministério...
A Procuradoria da República no Distrito Federal fez um pedido de cooperação jurídica internacional à Índia na investigação sobre irregularidades na compra pelo Ministério da Saúde de 20 milhões de doses da Covaxin, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório Bharat Biotech, que tem a Precisa Medicamentos como intermediária no Brasil.
No documento, o Ministério Público Federal afirma ter encontrado indícios da prática do crime de corrupção nas negociações e constatado uma "extrema" e "inusual" celeridade no processo de contratação da Precisa Medicamentos.
De acordo com a Procuradoria, no epicentro do escândalo, está Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa e da Global Saúde, empresa que, na gestão de Ricardo Barros na Saúde, recebeu 20 milhões de reais, mas não entregou um lote de remédios de alto custo previsto em contrato.
Além disso, segundo o MPF, existem sinais de superfaturamento na compra dos imunizantes e de ausência de verificação dos riscos da contratação, "com supressão de atos procedimentais durante o processo licitatório".
No ofício, os procuradores anotaram que a Bharat Biotech não está entre os alvos da investigação, pois as irregularidades encontradas até então são atribuídas a "empresários brasileiros vinculados à Precisa Medicamentos e a agentes públicos brasileiros".
A Procuradoria pede que as autoridades indianas intimem os representantes da Bharat para que entreguem todos os instrumentos contratuais firmados com o governo Jair Bolsonaro para o fornecimento de vacinas contra a Covid-19 e respondam a algumas perguntas.
O MPF quer saber, por exemplo, se a Bharat realizou algum contato direto com o governo brasileiro para negociar o contrato e quais são as relações mantidas pela empresa com a Precisa Medicamentos e a Global Saúde. Os procuradores questionam, ainda, qual a política de preços da para a venda da Covaxin e se existe diferenciação de valores a depender do cliente e do tipo de contrato.
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Comentários (3)
Sônia Adonis Fioravanti
2021-07-10 11:28:54E O LA DRAO BARROS FICA IMPUNE ,?????POR ISSO DESTRIRAM A LAVA JATO E OS PROCURADORES .PARA A QUADRILHA SAQUEAR A VONTADE
PAULO
2021-07-10 10:54:28O deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, ao fazer negociata (dita pelo próprio Bolsonaro e não desmentida), com um antigo comparsa, demonstra a crença desse governo genocida, corrupto, incompetente e patético, que ESTAVA TUDO DOMINADO. Eles acharam que a máxima no Brasil seria "ignoramus et ignorabimus". Mas a CPI nos trouxe à tona o que "devemos saber, e saberemos". Não adianta generalzinho de 4 estrelas nos ameaçar com seus comparsas milicianos. Somos muitos e somos bons.
Nilo
2021-07-09 17:11:22A mer-da já atinge o queixo da Gang