Braço direito de Ernesto representará o Brasil no Conselho de Direitos Humanos e na OMS
O presidente Jair Bolsonaro decidiu quem será o novo representante do Brasil no Conselho de Direitos Humanos e em demais organismos da ONU com sede em Genebra, na Suíça, o que inclui também a OMS. O cargo -- que até então era exercido pela embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo, mulher de Roberto Azevêdo -- será...
O presidente Jair Bolsonaro decidiu quem será o novo representante do Brasil no Conselho de Direitos Humanos e em demais organismos da ONU com sede em Genebra, na Suíça, o que inclui também a OMS. O cargo -- que até então era exercido pela embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo, mulher de Roberto Azevêdo -- será ocupado pelo embaixador Fabio Marzano, atual secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania do Itamaraty, um dos auxiliares mais próximos ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A indicação precisará ser aprovada pelo Senado Federal, após sabatina, que ainda não tem data para acontecer.
Como noticiou Crusoé, Maria Nazareth está em busca de um posto diplomático nos Estados Unidos, novo local de trabalho de seu marido, que se aposentou do Itamaraty e deixou o comando da Organização Mundial do Comércio há um mês e meio para assumir a vice-presidência global da Pepsico, em Nova York. Ela conta com o bom trânsito de Roberto junto à cúpula do Itamaraty. O objetivo do casal é conseguir uma indicação para que a embaixadora se torne cônsul do Brasil em Nova York.
A pauta conservadora de Ernesto Araújo não é estranha a Marzano. No ano passado, ele representou o Brasil em uma conferência internacional organizada pelo governo autoritário de Viktor Orban, da Hungria, sobre a “perseguição de cristãos”. Essa é uma das prioridades da agenda externa do governo Bolsonaro -- é daí que vem a menção à “cristofobia” feita pelo presidente no discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU deste ano.
Por outro lado, o embaixador também domina outros temas prioritários da casa de Rio Branco que não foram alterados pela gestão Ernesto, como o desarmamento nuclear. “O Brasil apoiou ativamente o Tratado de Proibição de Armas Nucleares, que é uma declaração inequívoca das intoleráveis consequências humanitárias de qualquer uso ou detonação de armas nucleares”, disse Marzano, em uma reunião da Conferência sobre o Desarmamento Nuclear no início deste ano, em Genebra, referindo-se a um acordo assinado pelo governo de Michel Temer. O país é considerado um dos líderes dessa pauta.
No Conselho de Direitos Humanos, Marzano também terá debates com países como Cuba e Venezuela, notórios adversários do governo brasileiro e com os quais a embaixadora Maria Nazareth, mais de uma vez, já “tirou as luvas” para debater, com trocas de farpas e acusações. A postura combativa agrada a Jair Bolsonaro. O estilo de Marzano, mais acanhado e de fala serena, será colocado à prova.
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Comentários (2)
Jose
2020-10-19 09:02:34E o demente tem braço direito? Kkkkkkkkkkkkk. Que pode ser tão baixo para se sujeitar a este papel de bobo da corte?
TONI FERREIRA
2020-10-18 19:02:32As relações internacionais do Brasil há tempo estão empobrecidas. Precisamos de Embaixadores e Cônsules de grande capacidade nos relacionamentos institucionais e também com capacidade negociar para demonstrar o que temos de bom para exportar para outros países.