Barroso diz a Maia e Alcolumbre que 'há consenso' médico para adiar eleições
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, disse aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, que há “consenso” entre especialistas da saúde sobre a necessidade de adiamento das eleições municipais em “algumas semanas” devido à pandemia do novo coronavírus. Barroso recebeu os parlamentares e o vice-presidente da corte eleitoral,...
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, disse aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, que há “consenso” entre especialistas da saúde sobre a necessidade de adiamento das eleições municipais em “algumas semanas” devido à pandemia do novo coronavírus.
Barroso recebeu os parlamentares e o vice-presidente da corte eleitoral, Edson Fachin, em seu gabinete, nesta segunda-feira, 8. Antes da reunião, o ministro ouviu epidemiologistas, infectologistas, sanitarista, físico especializado em estatística de pandemia e biólogo.
De acordo com o presidente do TSE, a avaliação médica é de que o primeiro turno, previsto para 4 de outubro, deveria ocorrer entre a segunda quinzena de novembro e o começo de dezembro. Barroso ressaltou, contudo, que a definição da data é uma “decisão política”. A nova programação do pleito deve ser estabelecida em emenda constitucional.
“Todos os especialistas têm posição de consenso de que vale a pena adiar por algumas semanas, mas não deixar para ano que vem (2021) porque não muda muito do ponto de vista sanitário. Eles acham que agosto, setembro, a curva pode ser descendente. Endossaríamos, portanto, a ideia de adiar por algumas semanas”, contou Barroso a Maia e Alcolumbre.
O presidente do TSE relatou conversas internas para ampliar o horário de funcionamento das urnas para 12 horas e prever campanhas para votação em horários conforme a faixa etária. Barroso também pediu ajuda do Congresso para a obtenção de doações de empresários para materiais de proteção aos mesários e eleitores, como máscaras e álcool gel.
Os parlamentares propuseram que os líderes partidários das duas Casas participem de conversas com os médicos. O TSE se comprometeu a organizar reunião com especialistas na semana que vem.
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