Autor de impeachment de Dilma defende interdição de Bolsonaro por insanidade
O jurista Miguel Reale Júnior defendeu nesta terça-feira, 19, que o procurador-geral da República, Augusto Aras, peça a interdição do presidente Jair Bolsonaro (foto) por insanidade mental. Um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, ele acredita que o chefe do Planalto "deu todas as demonstrações de comportamentos anormais”. Reale Júnior avaliou não...
O jurista Miguel Reale Júnior defendeu nesta terça-feira, 19, que o procurador-geral da República, Augusto Aras, peça a interdição do presidente Jair Bolsonaro (foto) por insanidade mental. Um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, ele acredita que o chefe do Planalto "deu todas as demonstrações de comportamentos anormais”.
Reale Júnior avaliou não existir outra saída para a recuperação do país a não ser a saída de Bolsonaro da presidência. "O impeachment é um remédio. O impeachment existe para ser um remédio em casos graves. E estamos diante de um caso grave. Outro caminho é a abertura de um processo criminal, pois há uma coletânea de crimes nos quais ele poderia ser enquadrado: crimes contra a saúde, crimes contra a democracia. E há a opção da interdição, que pode ser pedida pela família ou pelo Ministério Público. Diante de todo esse quadro, o Ministério Público, que tem que salvaguardar o Brasil, poderia pedir o exame de sanidade mental", disse, em entrevista a O Antagonista.
O jurista observou que um eventual exame “poderia dizer se Bolsonaro é tecnicamente louco”. Reale Júnior lembra que o presidente protagonizou, diversas vezes, "reações descontroladas, de ciumeira, de inveja, de uma megalomania, de ausência de sensibilidade humana, de falta de empatia, de ausência de remorso, de gosto pela morte, de indiferença com o sofrimento alheio".
"‘Eu tenho a caneta’, ‘Eu sou o presidente’, ‘Eu quem mando’: ele já deu todas as demonstrações de comportamentos anormais. E é evidente que há um comprometimento imenso do país em razão disso. Ele não consegue medir as consequências dos atos dele, não tem essa capacidade. Bolsonaro já mandou seus apoiadores invadirem hospitais para que, segundo ele, filmassem leitos vazios em meio à pandemia. Tudo isso vai ficando esquecido, mas não deveria. Essa fato, especificamente, é um dos fatos criminosos. O Brasil está isolado em razão das atitudes inconsequências dele, dos ataques dele a outros países. É uma coisa louca, alucinante", completou.
Em sua 141ª edição, Crusoé elencou episódios em que Bolsonaro apresentou comportamento errático, transformando o Brasil em motivo de chacota global e comprometendo a recuperação da crise. A revista consultou psicólogos e psiquiatras para entender o comportamento do presidente à luz dessas ciências.
Os especialistas apontaram três características psíquicas marcantes no comportamento do presidente em público: 1) personalidade epiléptica, que envolve, por exemplo, explosividade, irritabilidade, mau humor e egocentrismo; 2) paranóia sistêmica, marcada pelo personalismo e por um senso de grandiosidade e uma espécie de síndrome de perseguição; e 3) um traço de perversão, caracterizado pelo prazer com a angústia ou com o sofrimento do outro.
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Comentários (10)
Sônia Adonis Fioravanti
2021-08-27 14:32:15MAS LIRA O FICHA SUJA DO PP (partido podre ) TRANCOU O GAVETÃO
Miriam
2021-01-20 14:16:11Bravo, Dr. Miguel!!!
Isolina
2021-01-20 11:34:48Dr Miguel , percebe como tiraram Dilma por muito menos ? chame a Janaína e vamos lá.
VINÍCIUS DE OLIVEIRA
2021-01-20 11:05:31Isso é argumento? Ulisses Guimarães era maníaco-depressivo, tomava litium. Lula, megalomaníaco. Quando cada deputado ou senador vir essa proposta vai olhar para si mesmo e pensar: se a moda pega só restará o Simão Bacamarte. O próprio Miguel Reale Jr., olho para ele e vejo cara de doido. Diogo Mainardi é cheio de fobias, devemos parar de ler suas colunas? Querem tirar o Presidente de lá, vão pela via do crime de responsabilidade.
EUNICE
2021-01-20 10:00:29Muito bem colocado. Reflete o que vimos receando.
Scully
2021-01-20 09:01:06Eu repito: o cérebro do Bolsonaro precisa ser preservado para a ciência quando ele vier a óbito. Enviado para a NASA. Os diagnósticos apontados são insuficientes. Como psicóloga asseguro, há controvérsias. O universo paralelo bolsonariano é muito mais doentio do que o DSMI-V propõe diagnosticar. E mais, não tem Freud ou psicanálise suficiente que dê conta. Precisamos desenvolver outras técnicas e teorias para compreender. O objeto é totalmente obscuro, monstruoso e descomunal. Vai por mim!!!
Scully
2021-01-20 08:51:16Esqueçam os defensores de Bolsonaro. É PT (Perda Total).
Alexandre
2021-01-20 08:04:25Melhor louco que quadrilha como PT
Cleusa
2021-01-20 07:01:52Ele é de fato, perigoso para a nação.
José
2021-01-20 06:35:06Insanidade são os governantes que passaram, além de insanos eram LADROES