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As novas sanções ao Irã

18.04.24 18:29

Os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram, nesta quinta-feira, 18 de abril, a imposição de novas sanções contra o Irã, focadas especificamente nos programas de drones e mísseis.

Esta decisão vem como resposta ao ataque iraniano a Israel do sábado, 14, aumentando as tensões no cenário geopolítico do Oriente Médio.

De acordo com a Casa Branca, as sanções visam altos líderes militares e fabricantes de armas iranianos.

O objetivo é reduzir a capacidade do Irã de produzir e distribuir drones, uma vez que esses líderes e entidades tiveram suas transações financeiras internacionais severamente restringidas.

Além disso, existe a possibilidade de que as exportações da indústria siderúrgica iraniana sejam bloqueadas, o que impactaria significativamente a economia do país.

O presidente americano, Joe Biden (foto), destacou que as sanções “degradariam ainda mais as indústrias militares do Irã” e reforçou o compromisso americano com a segurança de Israel.

O ataque iraniano

Após o ataque iraniano com 170 drones, 120 mísseis balísticos e 30 mísseis de cruzeiro contra Israel, autoridades americanas têm buscado evitar uma resposta militar israelense.

O presidente americano Joe Biden está buscando agendar uma reunião do G7 para encontrar uma “solução diplomática“.

Entre os argumentos apresentados para botar panos quentes está o de que Israel interceptou 99% dos projéteis lançados contra o seu território. O resultado surpreendente seria uma vitória israelense, então não haveria motivo para atacar o Irã, que já foi derrotado.

Esse argumento não considera que, apesar de ter falhado, o ataque iraniano foi feito para dar certo. Ao lançar um número nunca antes visto de drones e mísseis contra outro país, os iranianos queriam causar morte e destruição, e não apenas mandar um sinal, um recado.

O pacote de projéteis foi inspirado naqueles que os russos usaram repetidamente contra a Ucrânia, com grande efeito“, afirma o Instituto do Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), em Washington.

Os drones foram lançados muito antes dos mísseis balísticos, provavelmente com a intenção de que, se eles chegassem ao mesmo tempo a Israel, sobrecarregariam o funcionamento dos sistemas de defesa antiaérea. Trata-se de uma técnica que tem sido muito usada pelos russos na Ucrânia. 

Os iranianos sabiam que Israel teria um desempenho melhor que o dos ucranianos, mas não tinham ideia de que seus inimigos se sairiam tão bem.

A taxa média de interceptação das defesas aéreas ucranianas é de 46% dos mísseis balísticos russos nos maiores ataques. Os iranianos muito provavelmente sabiam que as taxas israelenses seriam maiores que a dos ucranianos, mas não acima dos 90% contra os mísseis balísticos — os russos afinal, nunca dispararam tantos mísseis balísticos em um único ataque contra a Ucrânia“, afirma o Instituto.

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