Amorim ensaboa sobre a entrada da ditadura da Venezuela nos Brics
Assessor de Lula prepara os argumentos pensando em uma possível entrada no bloco do ditador Nicolás Maduro
Em meio à possibilidade do Brasil se posicionar contra a entrada da Venezuela nos Brics —grupo que originalmente reunia Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul—, o assessor especial de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, que chefia o Itamaraty Paralelo, já prepara os argumentos pensando em uma possível entrada no bloco do ditador Nicolás Maduro, aliado do presidente Lula (PT).
A O Globo, o ex-chanceler disse que o governo brasileiro não está fazendo "julgamento moral e nem político" sobre a Venezuela, que se recusa a apresentar as atas da votação de 28 de julho enquanto persegue os opositores de Maduro, intensificando o vexame internacional do petista.
"Talvez ainda não seja possível chegar a uma conclusão. Não estou preocupado com a entrada ou não da Venezuela, não estamos fazendo julgamento moral e nem político sobre o país em si. O Brics tem países que praticam certos tipos de regime, e outros tipos de regime, a questão é saber se eles têm capacidade pelo seu peso político e pela capacidade de relacionamento, de contribuírem para um mundo mais pacífico", disse Amorim.
"O Brasil quer fortalecer os Brics, tivemos um aumento recente, estamos nos adaptando a esse aumento. A própria Arábia Saudita disse que ia entrar, foi em algumas reuniões, não foi a outras. Queremos que haja Brics fortalecido, países que possam realmente contribuir para paz pelo equilíbrio", acrescentou.
Em maio de 2023, quando Maduro esteve reunido com Lula no Palácio do Planalto, o petista disse ser favorável à entrada da ditadura venezuelana no bloco dos Brics.
"Nós vamos discutir. Se tiver um pedido oficial, esse pedido será oficialmente levado para os Brics. Eu sou favorável", afirmou Lula na ocasião.
Em julho de 2024, o presidente brasileiro também defendeu a entrada da Venezuela no Mercosul.
"Esperamos também poder receber logo e muito rapidamente de volta a Venezuela", disse o petista ao parabenizar o presidente Luis Arce, da Bolívia, pela entrada no bloco. "A normalização da vida política venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul. Por isso, fazemos votos de que as eleições transcorram de forma tranquila e que os resultados sejam reconhecidos por todos."
Essa iniciativa, no entanto, perdeu força com a fraude eleitoral montada por Maduro.
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Comentários (1)
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2024-10-22 10:51:50Vamos ser justos SE no BRICS cabe a China, a Rússia e o Brasil ditaduras explícitas incontestáveis cabe a Venezuela, Cuba e qualquer lixo.