Agência Senado

Alvo da PF, ex-diretor da Aneel foi indicado por Edison Lobão

22.11.19 13:06

Alvo da Operação Elétron deflagrada nesta sexta-feira, 22, o ex-diretor da Aneel Edvaldo Alves Santana foi indicado ao posto pelo ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (foto). Segundo a Controladoria-Geral da União, Santana teria ajudado a reduzir em mais de 12 milhões de reais o valor de multas no período em que atuou na Agência Nacional de Energia Elétrica.

Os dados levam em conta somente as 20 maiores multas aplicadas pela agência. Entre os principais beneficiados, está a Cemig. De acordo com a CGU, a companhia de Minas Gerais devia uma multa de 18,9 milhões calculada pela área técnica da Aneel, reduzida a 6 milhões de reais por Edvaldo antes de deixar a agência.

Com base em quebras de sigilo bancário e fiscal, a Polícia Federal constatou que de 2014 a 2015, após deixar a Aneel, Edvaldo teve um aumento de quase 300% nos depósitos recebidos em suas contas, na comparação com o período de 2011 a 2013, quando ainda era diretor da agência. Não só o aumento na movimentação financeira como a forma de recebimento dos valores a partir de 2014 chamou a atenção da PF: em grande parte, a conta foi abastecida com depósitos seguidos de dinheiro em espécie em valores abaixo de 5 mil reais, prática adotada para não chamar a atenção dos órgãos de controle.

Em 2014, o ex-diretor da Aneel recebeu 19 depósitos que somaram mais de 90,7 mil reais. Em 2015, por sua vez, foram 39 depósitos eletrônicos sem identificação do remetente, no total de 140,3 mil reais.

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