Adriano Machado/Crusoé

Além de Toffoli, decisão do STF enterra outros 38 anexos da delação de Cabral

28.05.21 07:32

A decisão do Supremo Tribunal Federal de anular o acordo de colaboração premiada de Sérgio Cabral com a Polícia Federal enterrou não apenas a acusação de venda de decisão judicial feita contra o ministro Dias Toffoli, como também outros 38 anexos da delação do ex-governador do Rio de Janeiro.

O julgamento no plenário virtual que derrubou a delação de Sérgio Cabral foi encerrado na quinta-feira, 27, com o placar de 7 a 4. Mesmo delatado pelo ex-governador, Toffoli não se declarou impedido e votou para tornar sem efeito o acordo homologado pelo próprio STF em fevereiro de 2020.

Votaram a favor do recurso da Procuradoria-Geral da República para anular o acordo, além de Toffoli, os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Kassio Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux. Os ministros Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Cármen Lúcia defenderam a manutenção de delação de Cabral.

Ao todo, o acordo de Sérgio Cabral tinha resultado em 19 anexos quando ele foi homologado por Fachin, em 2020, e em outros 20 “anexos complementares”, apresentados no ano passado, com base numa cláusula do acordo de colaboração que foi criticada por ministros que votaram para anular a delação do ex-governador, que está preso no Rio e já foi condenado a mais de 300 anos de prisão.

Doze anexos envolvendo acusações contra ministros do Superior Tribunal de Justiça, como o atual presidente da corte, Humberto Martins, e do Tribunal de Contas da União, já tinham sido arquivados por Toffoli no ano passado, fato que a Polícia Federal interpretou como “obstrução das investigações” e incluiu no pedido de inquérito envolvendo o ministro.

Os outros anexos de Sérgio Cabral apresentavam delações contra o deputado Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, a senadora Rose de Freitas, do MDB do Espírito Santo, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, do PSD, o ex-governador Luiz Fernando Pezão, entre outros políticos e agentes públicos.

Alguns dos anexos já tinham sido enviados para investigação nas superintendências da PF no Rio de Janeiro, em Brasília e em Curitiba, enquanto outros pedidos de distribuição estavam aguardando a decisão do Supremo junto com a solicitação de abertura do inquérito para investigar Toffoli. Agora, com a decisão de quinta-feira, 27, todos os anexos de Cabral foram enterrados.

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  1. stf aproveitou o momento e livrou uma penca de amiguinhos enrolados com a justiça. Alguém tem duvida que o stf eh uma das grande partes do problema que o Brasil se encontra. A qualquer momento vamos acordar numa Venezuela, ai ja era, vai dar confusão na certa.

    1. Nem ao papa que não nos leva a sério ... com razão .

  2. O Papa disse recentemente que gostamos é de cachaça e oramos muito pouco, mas isto é pouco, somos o paraiso da impunidade, da dissimulação, das aberrações juridicas, do corporativismo descarado, aqui bandido é acolhido como inocente e mocinho é tratado como bandido. Triste Brasil

    1. Exato, no Brasil o poste mija no cachorro o tempo todo. Chega de foro privilegiado para todos.

  3. Atenção senhores advogados dos ladrões do Brasil aproveitem e entrem com ações no STF para soltarem seus clientes, estão esperando o que? a porteira está aberta gente vamos lá, mexam-se

    1. A culpa é sempre "dele",acho que o Zezinho não gosta do presidente ..kkkkk

  4. Com mais essa atitude do pequeno supremo, as vezes acho que o bolsonaro está certo. O pequeno supremo só está focado em proteger corruptos. É uma suprema canalhice

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