AGU faz coro a Mandetta e defende cautela sobre liberação da cloroquina
O ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça (foto), fez coro ao titular da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e defendeu cautela na liberação do uso da cloroquina para profissionais de saúde e qualquer tipo de paciente infectado pelo novo coronavírus. A defesa foi feita por ele durante a reunião ministerial desta segunda-feira, 7, no Palácio...
O ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça (foto), fez coro ao titular da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e defendeu cautela na liberação do uso da cloroquina para profissionais de saúde e qualquer tipo de paciente infectado pelo novo coronavírus. A defesa foi feita por ele durante a reunião ministerial desta segunda-feira, 7, no Palácio do Planalto.
Segundo apurou Crusoé, Mendonça disse acreditar nas palavras e experiências de médicos que estudam o uso do medicamento no tratamento contra o vírus e afirmou que a AGU está à disposição para auxiliá-los na parte jurídica. Mas ponderou que é necessário "segurança", por meio de laudos e documentos, para tomar qualquer eventual medida em relação ao uso da substância.
A posição de Mendonça é mais conservadora que a do presidente Jair Bolsonaro, que vem fazendo campanha aberta pela liberação do uso da cloroquina no tratamento de infectados pela Covid-19. Como Crusoé noticiou, na reunião com os ministros ontem, o chefe do Planalto chegou a citar experimentos feitos por hospitais em São Paulo para defender sua tese.
Ao final do encontro, Bolsonaro chamou Mandetta para uma sala reservada com dois médicos -- Nise Yamaguchi e Luciano Dias Azevedo -- que estão à frente dos estudos sobre a substância. Eles pediram ao ministro que assinasse um decreto liberando o uso da cloroquina. O titular da Saúde, porém, disse ter se recusado e aconselhado os especialistas a debaterem primeiro na sociedade médica, para depois submeter ao ministério.
"Disse que eles devem se reportar a você (referindo-se ao secretário de Ciência e Tecnologia do ministérios, Denizar Vianna,) e que eles devem, nas sociedades brasileiras de imunologia e anestesia, fazer o debate entre os seus pares. Chegando a um consenso entre seu pares, o Conselho Federal de Medicina e nós aqui do Ministério da Saúde, a gente entra", afirmou Mandetta.
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Comentários (10)
VANESSA
2020-04-09 14:20:06Como assim, se a substância dá certo?!?!
Jaime
2020-04-08 08:45:53Hidroxicloroquina passou a ser uma discussão político quando deveria ser uma discussão médica. Esta país não tem jeito mesmo
Jorge
2020-04-08 02:06:21Ave Mandetta! Os que vão morrer te saúdam.
Edvaldo
2020-04-07 20:56:33Igor de novo, tá faltando jornalista nessa revista? PQP
Eduardo Duprat
2020-04-07 19:23:56Que tal deixarmos as decisões médicas aos cuidados dos médicos que estão exercendo seus trabalhos de atendimento? É muita gente "metendo o bedelho" onde não é chamado.
Afranio
2020-04-07 17:03:23Crusoe, pede ao Igor Gadelha que fale um pouco sobre o Mandetta !
Marcelo
2020-04-07 16:45:18Crusoé: a revista do DEM
Gustavo
2020-04-07 15:59:24Não seria interessante uma pergunta ao médico que tratou David Uip quanto ao tratamento implementado? Se foi apenas tratamento para sintomas ou se usou alguma medicação específica com foco na redução da atividade do vírus? Como ocorreu o êxito na abordagem do paciente , disseminar a conduta seria prova integridade buscando ofertar o mesmo sucesso terapêutico aos demais futuros pacientes além de estar em consenso com nosso juramento como médicos.
Sérgio
2020-04-07 15:40:08Dra Nise tem estudos e experiência de especialista na área, assim como Paolo Zanotto que é do mesmo protocolo. O que querem é que uma comissão dê seu parecer daqui a uns 2 anos...?
JOSE
2020-04-07 15:18:21queria que fosse ele quem precisasse do remédio como agiria. babaca