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A mensagem que Israel mandou para o Irã

22.04.24 11:43

Ao bombardear um sistema de defesa antiaérea na sexta, 19, Israel teve a intenção de enviar uma mensagem aos aiatolás iranianos: a de que o país tem a capacidade de bombardear as instalações nucleares do Irã, se assim o desejar.

Em vez de enviar caças no espaço aéreo iraniano, Israel disparou um pequeno número de mísseis de aviões, milhares de quilômetros a Oeste“, diz uma reportagem do jornal New York Times divulgada nesta segunda, 22. O texto afirma que três oficiais israelenses conversaram com os jornalistas, na condição de anonimato.

Também foi enviado um pequeno número de drones de ataque, conhecidos como quadcópteros, para confundir as defesas antiaéreas iranianas.

Um dos mísseis destruiu uma bateria antiaérea em uma região central do Irã. Outro míssil explodiu no ar.

(A ação) sinalizou que Israel desenvolveu a capacidade de atacar o Irã sem entrar no seu espaço aéreo e sem ativar suas baterias de defesa aérea“, diz a reportagem do New York Times.

É no centro do Irã que estão várias instalações nucleares importantes, incluindo a de enriquecimento de urânio em Natanz, perto de Isfahan.

Bastaria Israel tomar a decisão de atacar esses lugares para cumprir com seu objetivo.

 

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Para evitar a guerra

Segundo a reportagem, os israelenses tinham planejado um ataque maior, em várias cidades iranianas, em resposta ao envio de mais de 300 drones e mísseis de cruzeiro e balísticos contra Israel, no sábado, 13.

Os primeiros drones e os mísseis de cruzeiro foram lançados com o objetivo de chegar a Israel no mesmo momento dos mísseis balísticos.

Os balísticos, como o Emad, podem ter até 750 quilos de explosivos e têm capacidade para destruir tudo em um raio de dois quarteirões.

Mas a ideia israelense de retaliar na mesma medida foi abandonada depois que o presidente americano Joe Biden e os ministros de Relações Exteriores do Reino Unido e da Alemanha conversaram com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Eles conseguiram convencer Netanyahu a realizar uma ação menor, para evitar uma guerra de grandes proporções no Oriente Médio.

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