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Israel acertou o alvo no Irã

19.04.24 17:16

Explosões foram reportadas no Irã na manhã desta sexta, 19. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto), não assumiu a autoria, mas fontes militares americanas afirmaram para a rede Fox News que “os israelenses acertaram aquilo que eles queriam atingir“.

O alvo não seriam as instalações nucleares do Irã, e sim uma base militar perto de Natanz, em Isfahan.

O local teria sido atingido “múltiplas vezes” e o sistema de defesa antiaérea produzido pela Rússia e pelo Irã teria se mostrado inútil.

Entre os objetivos estava justamente a destruição dos sistema de defesa antiaérea, que é usado para proteger as instalações nucleares.

Natanz é uma das principais unidades subterrâneas do Irã, onde o urânio é enriquecido em centrífugas. O material é um dos principais materiais para a bomba atômica.

De acordo com as fontes americanas, o ataque israelense foi feito por mísseis e drones. As Forças de Defesa Israelenses preferiram não usar caças pilotados.

Porém, outra reportagem, do canal de televisão saudita Al Hadath, afirmou que o ataque teria sido feito por três caças F-35, que não podem ser detectados por radares.

O alvo seria a base que foi usada no lançamento de mísseis balísticos contra Israel no sábado, 13.

Nesta sexta, Netanyahu divulgou uma foto em que está falando ao telefone e olhando para um documento pixelado na mesa, com a frase “Shabat Shalom” e a bandeira israelense.

 

Como seria um ataque israelense ao Irã?

A ação desta sexta foi feita de maneira calibrada, para evitar uma reação iraniana.

Uma das maiores dificuldades para realizar um ataque maior seria a distância de 2 mil quilômetros que separa os dois países — maior que a de São Paulo a Salvador.

Os caças israelenses só conseguem percorrer essa distância e voltar se forem reabastecidos em pleno ar.

Israel tem cerca de dez aviões-tanque adaptados que podem fazer esse trabalho, mas isso reduz muito as opções de Israel.

A Força Aérea Israelense conta com uma bomba especial, desenvolvida pelos americanos, a GBU-28, conhecida como “anti-bunkers” ou “Garganta Profunda“. Guiada por laser, ela tem uma ogiva capaz de penetrar no solo antes de ser detonada. Mas essas bombas anti-bunker nunca foram testadas no Irã.

Outro detalhe é que, como são pesadas, elas devem ser levadas por um único caça, o F15, o qual também deve ser bem protegido em seu trajeto.

Outros caças poderiam alvejar as entradas dos túneis e as instalações de energia, impedindo, ao menos temporariamente, o funcionamento das centrífugas de urânio (um dos possíveis recheios da bomba nuclear).

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