BC reduz taxa básica de juros de 3% para 2,25% ao ano
O Banco Central cortou pela oitava vez consecutiva a taxa básica de juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária da autarquia, Copom, decidiu nesta quarta-feira, 17, reduzir a Selic de 3% para 2,25% ao ano, menor patamar da história. A ação levou em conta a pandemia do novo coronavírus e a desaceleração do mercado. "Indicadores...
O Banco Central cortou pela oitava vez consecutiva a taxa básica de juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária da autarquia, Copom, decidiu nesta quarta-feira, 17, reduzir a Selic de 3% para 2,25% ao ano, menor patamar da história.
A ação levou em conta a pandemia do novo coronavírus e a desaceleração do mercado. "Indicadores recentes sugerem que a contração da atividade econômica no segundo trimestre será ainda maior. Prospectivamente, a incerteza permanece acima da usual sobre o ritmo de recuperação da economia ao longo do segundo semestre deste ano", pontuou o Copom.
O colegiado ainda sinalizou a possibilidade de novos cortes, ainda que mais tímidos. "Para as próximas reuniões, o Comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual", explicou.
Os integrantes do Copom ressaltaram a importância da retomada das discussões sobre as reformas no país em nome da preservação da economia brasileira. "O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia."
A Selic é um instrumento de controle usado pelo BC. Funciona da seguinte forma: se a inflação está alta ou há indicação de que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Assim, sobem os juros cobrados pelos bancos, com o encarecimento do crédito e o freio no consumo. Há redução do dinheiro em circulação e, logo, a inflação tende a cair. Contudo, quando as estimativas para a inflação estão alinhadas à meta, é possível reduzir os juros, estimulando a produção e o consumo.
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